Por Kleber Karpov
Em situação de epidemia de dengue, dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (E-SUS Sinan) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (MS) aponta ao estado de São Paulo a concentração de 148 óbitos, equivalente a 77,5% das 191 mortes provocadas por ação do vírus da dengue em todo o país. SP é seguido de Minas Gerais com sete pessoas mortas (0,04%), Pará com seis mortes (0,31%). Goiás e Paraná seguem com cinco mortos cada um (0,26%). Ainda segundo os dados do E-SUS Sinan, ao longo de 2025, o Brasil soma 449.244 casos prováveis com 421 mortes em investigação.
SP também está no ranking com 251,79 mil casos prováveis de dengue, equivalente a 56% de todo país, seguido de Minas Gerais com 50,74 mil (11,3%), Paraná com 25,90 mil (0,06%) e Goiás com 24,16% (0,05). Porém, no que tange ao coeficiente de incidência dos casos prováveis por 100 mil habitantes, o ranking é liderado por Acre com 745,5, seguido por São Paulo (547,7), Espírito Santo (483,6) e Goiás (328,6) casos prováveis por 100/hab.
Distrito Federal
O Distrito Federal, em 7 de fevereiro de 2024 chegou a acumular cerca de 20% de casos de dengue de todo o país, com um total de 49.012 casos notificados e 47.417 possíveis e um total de 11 óbitos. No entanto, neste ano, a Capital da República segue sem registro de óbitos confirmados, e com quatro óbitos em investigação, segundo dados do E-SUS Sinan. O DF conta ainda com 3,81 mil casos prováveis, equivalente a 12a posição no ranking nacional, com coeficiente de incidência de 127,9 casos por 100 mil habitantes (8a posição).
O motivo do sucesso, foi referenciado pela ainda ministra da Saúde, Nísia Trindade, em 11 de janeiro, durante o lançamento de ações ao combate da dengue para 2025, à época sob gestão de Lucilene Florêncio, então secretária da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF),por conseguir reduzir em aproximadamente 98%, os casos prováveis de dengue no DF, além de não registrar óbitos.
Porém, a Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS) da SES-DF, se mantém em estado de alerta em decorrência das cepas do vírus circulante no DF houve a detecção de duas amostras dos sorotipos (DENV-3), variante considerada mais grave. Uma das amostras foi identificada na Semana Epidemiológica (SE) 06 de 2025 (29/12/2024 a 08/02/2025), disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN Online), contaminação essa proveniente de outro estado. A segunda identificação, por sua vez, identificada na Semana Epidemiológica (SE) 08 de 2025 (29/12/2024 a 22/02/2025), é fruto de transmissão local.
“Quanto à detecção dos 2 casos do sorotipo 3 foram investigados os locais prováveis de infecção, constatando-se que um dos casos era autóctone e o outro importado. Medidas de bloqueio ambiental foram realizadas para ambos os casos.”, aponta o Boletim Epidemiológico.
