Na tarde de ontem, em coletiva, o governador eleito, Rodrigo Rollemberg (PSB), anunciou três nomes escolhidos para a área de Segurança Pública do Distrito Federal. O anúncio ocorreu no Centro de Convenções Ulisses Guimarães onde também esteve presente o futuro secretário de Segurança Pública do DF, o sociólogo, Arthur Trindade.
Na coletiva foram anunciados os nomes do coronel, Florisvaldo Ferreira César, que assumirá o comando da Polícia Militar (PM), do delegado, Eric Seba de Castro, próximo diretor da Polícia Civil e do coronel Hamilton Santos Esteves Júnior que permanecerá a frente da chefia do Corpo de Bombeiros.
Durante a coletiva de Rollemberg, terminava, em outro ponto da cidade, na sede do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), o velório do policial Civil, Flávio Viana de Castro, morto com seis tiros na madrugada de sábado (26/Dez), no Gama, após reagir a um assalto.
A morte de Flávio assim como a de dezenas de pessoas que ocorrem todos os dias no DF que atingiu índices alarmantes em casos de homicídios que chegam a 37,4 para cada 100 mil habitantes, Mapa da Violência 2013, produzido pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) com base em dados do sistema de saúde. Embora a SSP, tenha questionado os dados na ocasião, apontando 27,66 como dado oficial o equivalente a 1,98 assassinatos por dia. Para a Organização das Naçòes Unidas (ONU), a incidência de homicídio acima de 10 para cada 100 mil habitantes é considera “epidêmica”.
O DF ocupou, em 2013, a sétima unidade da federação com mais homicídios, em proporção à população. O que chama a atenção pois a polícia do DF ainda é uma das mais país. No entanto a gestão do governador Agnelo Queiroz (PT), foi desastrosa, não só na Saúde, Educação, mobilidade urbana. Ela chegou também à segurança pública. A troca excessiva do comando da PM é um reflexo da falta de habilidade na gestão da Segurança Pública.
Mas a falta de políticas eficientes de Segurança Pública foram evidentes durante a gestão de Agnelo. O abandono dos postos policiais, o distanciamento da polícia com a comunidade, a falta de prioridades com gastos deixou por mais de uma vez, viaturas da polícia sem combustível para que a PM pudesse atender a população. Até o número 190 recentemente teve o atendimento comprometido. Mas o serviço integrado de monitoramento, implantado inicialmente para dar suporte à Copa do Mundo de 2014 funcionou, virou legado e isso deve ser o suficiente para o Governador.
O reflexo disso é foi assistir uma postagem nas redes sociais em que um sargento da PM, ao ver o cortejo do corpo de Flavio, seguindo para enterro na cidade de Valparaiso (GO), estacionou o carro e prestou continência em um ato solitário e solidário, que demonstra não só o respeito que entre os companheiros da segurança, por saberem dos perigos que os policiais estão expostos e que se refletem muito mais na população civil.
O ato de Sargento do Grupo Tático Operacional (GTOP), Alberto Oliveira, do GTOP21 assume a força de um desabafo e que as prioridades para o Distrito Federal e para a população brasileira precisam mudar urgentemente o foco.
Na ocasião da Coletiva, Rollemberg que assumirá daqui há dois dias a gestão do DF, informou que deve integrar as corporações, implantar o programa Pacto Pela Vida, idealizado pelo governo de Pernambuco, do ex-candidato à presidência da República, morto em acidente de avião em São Paulo, durante o período de campanha eleitoral; e a sensação de segurança na capital do país.
O que se espera é que Rollemberg consiga de fato resgatar a sensação de segurança da população do DF e devolver a motivação da Polícia do DF. Afinal há anos a população do DF, se enjaula na ‘segurança’ do lar, pois a criminalidade na capital do país ganhou tal proporção, que sequestro relâmpago, roubos dentro dos próprios lares viraram rotina na lista de ousadias dos marginais.
O que se espera é que o maior estelionatário político do DF, senhor Agnelo Queiroz, esteja 100% equivocado, quando ‘tenta’ projetar a própria imagem na de Rollemberg. E que o novo governador resgate além da segurança, a dignidade da população do DF.