Saúde adia pagamento de horas extras para 20 de janeiro e servidores pedem ajuda no Legislativo



Mesmo se receberem Horas Extras de agosto, servidores do SAMU-DF prometem continuar devoluções de horas extras caso GDF deixe de pagar atrasos de setembro

Por Kleber Karpov

Na expectativa de receberem o pagamento das Horas Extras (HEs), em atraso desde agosto, servidores da Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), acionaram Política Distrital, para ‘descobrir’ quando as HEs devem ser pagas. A SES-DF havia prometido quitar a dívida na primeira quinzena de janeiro, porém descumpriu a promessa.

O Blog acionou a Assessoria de Comunicação (ASCOM) da SES-DF para questionar a data de pagamento. De acordo com a Secretaria, “A previsão é que as horas extras referente ao mês de agosto de 2016 sejam pagas no dia 20 de janeiro.”.

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O atraso de pagamento das HEs estão afetando diversos serviços da SES-DF, os casos mais críticos são percebidos entre os condutores do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU-DF), os enfermeiros responsáveis pelas classificações de risco dos pacientes nas unidades de saúde e pode afetar ainda os serviços das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), além dos atendimentos de urgências e emergências das unidades de Saúde.

Impasse

Embora a SES-DF aponte o dia 20 de janeiro para a efetivação do pagamento das HEs, isso ainda pode manter um impasse na rede. Fonte de PD, que pediu sigilo sobre a identidade aponta que os condutores do SAMU-DF, responsáveis pela devolução de mais de 1.200 horas extras, não pretendem fazer fazer novas adesões antes de receberem o pagamento, também em atraso, de setembro.

Ajuda do Legislativo

Preocupados com os contantes atrasos dos pagamentos das HEs, um grupo de condutores do SAMU-DF se reuniram, nessa segunda-feira (16/Jan), com o deputado distrital, Claudio Abrantes (REDE). Os profissionais foram em busca de apoio do Legislativo para tentar estabelecer um canal de diálogo com o Executivo.

Na ocasião, os samuzeiros, como são conhecidos, abordaram os problemas apontados pelos profissionais estão a precarização da estrutura, o déficit de profissionais, ambulâncias antigas, falta de equipamentos e ainda de combustível.

“Para que o quadro volte ao normal, eles precisam hoje de pelo menos 70 condutores que trabalhem no regime de 40 horas ou 140 que trabalhem no regime de 20 horas.O DF tem hoje 162 condutores para 37 viaturas. Todos são ligados à Secretaria de Saúde, em uma gerência específica para o atendimento de urgência e emergência. Eles trabalham até 40 horas contratuais por semana e podem fazer até 90 horas extras por mês.”.

No site do parlamentar, Abrantes compara o trabalho dos profissionais do SAMU-DF ao dos Bombeiros Militares, porém, com estrutura reduzida e se comprometeu a tentar intermediar junto ao GDF uma reunião de modo que os samuzeiros possam apresentar uma pauta de reivindicações.

“Se você parar para analisar, os servidores do samu fazem um serviço muito semelhante ao dos bombeiros e com bem menos estrutura, recurso e servidores. Nós vamos buscar o diálogo com o governo para apresentar a pauta de reivindicações o mais rápido possível”, garantiu abrantes.

Precariedade

Das pouco mais de 20 bases montadas hoje, segundo os servidores, quase 90% estão em situação de empréstimo de espaço e funcionando de forma precária.
Os condutores também não recebem auxílio para compra das fardas e adicional por risco de morte.



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