A Secretaria de Saúde (SES-DF) assinou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES-MS) para a troca de soluções digitais e desenvolvimento conjunto de novas tecnologias. Com o termo, o DF irá adaptar, por exemplo, o sistema sul-mato-grossense “e-Visita” – aplicativo que permite o monitoramento das visitas realizadas pelos agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas).
Firmado durante a 7ª Assembleia Ordinária do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), realizada nesta semana (28), o ACT busca otimizar recursos, melhorar a eficiência operacional, promover inovação tecnológica e facilitar a troca de experiências e boas práticas. A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, destacou a importância do acordo, principalmente após a epidemia recente de dengue na capital federal. “Foram mais de 400 óbitos e mais de 200 mil casos da doença. Esse termo, portanto, fortalece o trabalho de monitoramento dos Avas. Poderemos acompanhar as visitas digitalmente e elaborar soluções.”
O “e-Visitas” foi implementado no MS em 2018, após ser constatada a necessidade de um aplicativo que facilitasse o trabalho do agente de saúde, permitindo a captura e o envio online de fotos. Por meio do sistema, é possível ainda gerenciar, controlar e disponibilizar os dados coletados para desenvolver estratégias assertivas de controle da proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, e de outros vetores.
Na prática, a utilização do aplicativo pelos agentes do DF irá permitir o aumento da eficiência no registro e no monitoramento das visitas domiciliares; a melhoria na precisão e na rapidez das respostas aos surtos endêmicos; a consolidação de dados para suporte de planos de contingência; e a implementação de um módulo de “Notificação de Riscos” para identificação de situações de vulnerabilidade.
Para a secretária-adjunta da SES-MS, Crhistinne Maymone, essa cooperação entre as pastas é exemplo do esforço conjunto frente a uma questão de saúde pública. “Um problema tão complexo precisa de muitas mãos para ser enfrentado. O que tivermos para ser disponibilizado, assim o faremos. Estamos abertos também a quem queira doar novas tecnologias”, destacou.