Outros segmentos do funcionalismo público devem parar ainda nesta semana
Após descumprir com a promessa de realizar o pagamento da incorporação das gratificações de atividades, o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), começa a enfrentar uma série de greves. A começar pela Saúde que iniciou a greve nesta segunda-feira (24/Out), cerca de 150 mil servidores da Saúde, Educação e administração direta, representados por 17 entidades sindicais que compõem o Fórum em Defesa do Funcionalismo Púbico do DF (Fórum), devem cruzar os braços nos próximos dias.
Na Saúde, desde meia noite de hoje, os hospitais, Postos de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) e demais unidades, já estão com os servidos paralisados. Os profissionais devem respeitar, no entanto, critérios de funcionamento integral de urgências e emergências, e 30% do efetivo em outros setores.
Embora houvesse um agendamento para as greves de todas as categorias ligadas ao Fórum, de se iniciar a greve, apenas dia três, algumas categorias que já haviam deliberado pela greve, anteciparam a paralisação. Esse é o caso dos sindicatos dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (SINDATE-DF) e dos Técnicos, Tecnólogos e Auxiliares em Radiologia do DF (SINTTAR-DF).
Os agentes penitenciários, ligados ao Sindicato dos Agendes de Atividades Penitenciárias do DF (SINDPEN-DF) em assembleia deliberou em 17 de outubro a suspensão de parte das atividades, a exemplo do suporte às visitas aos presidiários.
Ato Unificado e mais greves
O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde do DF (SINDSAÚDE-DF), embora participem de ato unificado, na quarta-feira (26/Out), em frente ao Palácio do Buriti, anunciou que entram em greve a partir do dia três de novembro.
O Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do Distrito Federal (SINDIRETA-DF), em indicativo de greve, deve aproveitar o ato unificado para deliberar a adesão à greve.
Contrapropaganda
Nas últimas semanas, a equipe do governo, após dar a entender que Rollemberg descumpriria a promessa de pagamento das incorporações, pactuada em setembro de 2015, o governo e parte da ‘grande mídia’ passou a questionar a postura do funcionalismo público e desqualificar os servidores, por cobrarem o pagamento das incorporações das gratificações.
O GDF utiliza a mídia para ‘tentar sensibilizar’ a população, sugerindo a falta de recursos para conceder o que o governo chama de ‘aumento de salário’. A conjuntura econômica nacional, a frustração de arrecadação, o estouro do teto da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) são alguns dos argumentos utilizados pelo GDF para justificar o novo calote.
Atentos, a isso, e para não ficarem com o ônus “de um problema que não é dos servidores, mas do governador Rodrigo Rollemberg”, o SINDATE-DF, por exemplo, se atentou à necessidade de explicar a população “o real responsável pelo caos no DF”. Ao menos essas são as palavras do vice-presidente do SINDATE-DF, Jorge Vianna ao Política Distrital.
“Temos visto nos jornais, nas rádios, e sites de notícias, o governo destruir a imagem dos servidores, como se fossem vagabundos, e culpar o servidor da Saúde, pela falta de recursos. Mas nós servidores, somos vítimas da falta de gestão por parte desse governo. Somos obrigados a trabalhar sem as condições mínimas, vem o governo, nos dá calote após um ano de ter prometido pagar a nossa incorporação de gratificação, tenta intimidar a categoria com aquele decreto da mordaça e ainda que jogar a população contra os servidores. Por isso estamos levando à população os reais motivos da nossa greve, a incompetência do governo de fazer gestão e de honrar com seus compromissos.“, explicou Vianna.
Confira o vídeo do SINDATE-DF
Nesse sentido, o Sindicato dos Professores do DF (Sindpro-DF), acusou um jornal de grande circulação (22/Out), de mentir à população para beneficiar o governo e voltar a opinião pública contra os servidores públicos.
Nessa matéria, o jornal e as fontes entrevistadas prestam um desserviço à população e falsifica números para jogá-la contra o funcionalismo. Os cálculos da matéria e números demonstrados não levam em consideração dados relevantes e determinantes no resultado das contas apresentadas.