Infestação ocorreu na última semana
Por Kleber Karpov
Pode parecer piada, mas depois de escorpiões no Hospital de Base do DF (HBDF) e abelhas no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), a infestação dessa vez ocorreu no laboratório do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e as pulgas foram as grandes vilãs. Ao menos é o que afirma uma servidora daquela unidade, por meio de um áudio encaminhado ao Política Distrital.
Nele a servidora explica que as pulgas resolveram passear no HRT na quinta-feira (24/Mar) e foram motivo até de acidente de trabalho. Isso porque, de acordo com a trabalhadora, a chefia da unidade transferiu a coleta do laboratório da unidade para o corredor, que também, estava infestado pela praga: “A chefia obrigou a fazer coleta no corredor. Sendo que lá também tem pulgas e essas fotos são de uma colega que foi picada.”, disse.
Ainda de acordo com a servidora, devido ao tumulto de pacientes, com a coleta de exames no corredor, uma colega de trabalho chegou a se acidentar. “Ocorreu um acidente de trabalho, porque uma pessoa passou e esbarrou em uma servidora que teve um ferimento superficial com material contaminado.”.
Isolamento
Ao ser questionada por Política Distrital, por meio da Assessoria de Comunicação (Ascom), a Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), esclareceu que tomou as devidas providências (24/Mar) ao dedetizar o laboratório e que fará nova dedetização na unidade nesta terça-feira (29/Mar). “A direção do Hospital Regional de Taguatinga esclarece que já providenciou, no último dia 24 deste mês, a dedetização nos setores de laboratório da unidade, que estavam com infestação de pulgas. Ainda há vestígios do inseto e um novo procedimento será realizado nesta terça-feira (29).”.
Ainda de acordo com a SES-DF, os setores dedetizados deveriam permanecer fechados por 24 horas para não causar intoxicação em usuários e servidores do laboratório. “Porém, a direção da unidade trabalha para definir a estratégia para não haver interrupção do serviço, apesar da interdição, como o remanejamento dos procedimentos para outras unidades.”
Envenenadas
Embora a SES-DF tenha deixado claro a necessidade de isolamento do local onde o veneno foi aplicado, de acordo com a servidora, não foi o que ocorreu: “A chefia obrigou elas fazerem, não aceitou elas cancelarem as coletas, desde quinta. Na quinta-feira jogaram um pó, de veneno. Na sexta-feira eu trabalhei durante o dia com a garganta coçando, pinicando, por causa do veneno que estava dentro do laboratório. No sábado, eles lavaram, jogaram água lá. Eu trabalhei no sábado a noite e não tinha como repousar porque estava cheio de veneno. Querendo ou não, só jogaram água no chão e não tinha repouso. Para eu que sou alérgica, não tinha repouso, então passei às 12 horas sem cochilar nenhum segundo. E hoje (29/Mar), o pessoal pediu para cancelar a coleta, o pessoal da recepção, e a chefia se recusou. O nome dela é Poliana(SIC).”, afirmou.