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23 dez 2024 00:23


Saúde receberá 10 mil máscaras confeccionadas por sentenciadas do DF

Produtos estão sendo feitos na Penitenciária Feminina do DF

Por Leandro Cipriano

Uma rede solidária de ajuda tem se formado durante a pandemia do coronavírus, para proteger os profissionais que atuam diretamente no cuidado das pessoas com Covid-19. Nesse esforço, uma parceria foi construída entre as secretarias de Saúde e de Segurança Pública, para aproveitar a mão de obra de mulheres sentenciadas, com experiência em costura, na confecção de máscaras.

As internas trabalham na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), popularmente chamada de Colmeia. Até o momento, elas já produziram 1.700 máscaras, que foram distribuídas entre as unidades que mais necessitam. O compromisso firmado com a Secretaria de Saúde é de que 10 mil máscaras sejam confeccionadas para abastecer a rede. Elas possuem três camadas, sendo duas de TNT e uma de tecido com retenção bacteriana.

De acordo com a diretora da PFDF, Rita de Cássia, atualmente, 26 sentenciadas fabricam cerca de 300 máscaras diariamente. Pelo serviço, a cada três dias de trabalho, um dia da sentença é reduzido. “Acredito que nas próximas semanas seja possível chegar as 10 mil. Com o material filtrante doado pela Secretaria de Saúde, conseguiremos entregar essa quantidade ”, informou a diretora.

“Essa é uma ação que, além de contribuir com os esforços dos profissionais de saúde no combate à pandemia, atende a uma demanda crescente por máscaras na rede. Ao mesmo tempo, dignifica o trabalho das sentenciadas, que estão contribuindo ativamente para o bem-estar social”, elogiou o secretário de Saúde, Francisco Araújo.

Início

A ideia inicial na PFDF era fabricar alguns artigos que pudessem ser utilizados pelos servidores da Secretaria de Segurança Pública que escoltavam as custodiadas, durante o atendimento médico. As primeiras peças confeccionadas foram toucas, propés e capotes, utilizando as máquinas para produção na penitenciária, e a força de trabalho de 40 internas capacitadas em costura.

“Já tínhamos vontade de produzir máscaras nessa época, mas não tínhamos o material específico, que é o elemento filtrante. Buscamos contato com a Secretaria de Saúde para receber deles a orientação correta na fabricação, para que pudessem ser utilizadas tanto pelos servidores da Saúde como da Segurança Pública”, comentou Rita de Cássia.

Segundo a subsecretária de Logística, Mariana Rodrigues, além da Secretaria de Saúde fornecer o material filtrante para produzir as máscaras, também orientou quanto às especificações do produto, para ser confeccionado a partir de modelos já utilizados.

“Depois disso, eles adquiriram o restante dos materiais, como elástico e TNT. Como tinham máquinas para produção e pessoal capacitado, e disseram que as sentenciadas queriam ajudar de alguma forma nesse momento, foi uma parceria providencial”, comentou a gestora.

Continuação

Assim que as máscaras forem concluídas, é estudada pelas duas pastas a possibilidade de as internas também produzirem outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais de saúde da rede pública do DF.

A penitenciária já contava com uma oficina de confecções. Mas, até então, era utilizada para fabricação dos uniformes utilizados pelas internas na PFDF, além de artesanato. Agora, parte do que é produzido é usado nas unidades prisionais pelos servidores da Segurança Pública, e o restante é devolvido à Secretaria de Saúde.

Fonte: Agência Saúde DF

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