Por Karinne Viana
A Secretaria de Saúde (SES- DF), em parceria com a pasta de Educação (SEEDF), realizou, nesta quarta-feira (3), um treinamento para cerca de 80 professores da rede pública de Santa Maria. O objetivo é enfrentar a dengue por meio da abordagem pedagógica nas escolas.
“Estamos mobilizando os professores da rede pública do DF para combater a doença de maneira dinâmica e construtiva, capacitando-os na integração de informações sobre a dengue em sua abordagem disciplinar, permitindo aos alunos compartilharem esse conhecimento com suas famílias. Assim, vamos alcançar ainda mais residências, onde o foco da dengue está presente”, afirmou o subsecretário de Vigilância Sanitária, Fabiano dos Anjos, que também ministrou o treinamento.
A capacitação envolveu análise das características do mosquito transmissor da dengue, os tipos de depósitos onde as larvas do Aedes aegypti se proliferam, além dos fatores biológicos, climáticos, socioeconômicos e de urbanização que contribuem para que a doença ocorra. Os participantes tiveram a oportunidade de tirar dúvidas e compartilhar suas percepções.
O professor de matemática José Geraldo Caetano acredita que é fundamental explorar o tema nas escolas. “A epidemia de dengue aqui no DF é grave e conscientizar os alunos sobre a doença pode dar maior vazão ao que deve ser feito, quando os alunos repassam o conhecimento aos seus familiares. O Centro de Ensino da 213 de Santa Maria, por exemplo, abordou a dengue em sua prova interdisciplinar, com questões relacionadas à doença em todas as disciplinas”, contou.
Ação Conjunta
O treinamento faz parte de uma iniciativa nacional de sensibilização da educação dentro do Programa Saúde nas Escolas para trabalhar a dengue de uma maneira transdisciplinar, além do espaço escolar, integrada com a comunidade, com a família e com a sociedade em geral.
A coordenadora do Grupo Executivo Intersetorial de Gestão do Plano de Prevenção e Controle da Dengue e outras Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti (Geiplandengue), Maria Aparecida Gama, ressalta a importância da ação conjunta entre as secretarias. “Após esse treinamento com os professores, traçamos o perfil da escola e como será trabalhada essa transversalidade. Para isso, precisamos estar integrados”, avaliou.
A segunda etapa da ação envolve uma saída pedagógica entre alunos das séries finais, profissionais da Educação, Saúde, entre outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF). Sob a supervisão acurada dos profissionais e dos professores, os estudantes irão acompanhar o trabalho realizado pelos agentes de saúde nas residências. “O intuito é levar o olhar do professor e do aluno a essa atuação nas ruas e, assim, construir uma nova abordagem de transversalidade”, acrescentou a coordenadora.