Saúde vai centralizar soros antirrábicos em centros de referência

Nova estratégia de distribuição decorre da escassez nacional de insumos para produção da solução



Por causa da dificuldade no processo de produção de soros antirrábicos informada pelo Ministério da Saúde, a Secretaria de Saúde revê a estratégia de distribuição dos insumos. A partir desta quinta-feira (15), os soros estão centralizados em cinco unidades de referência para o uso de emergência.

“No Brasil e no Distrito Federal, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre, onde pode haver contaminação de cães, gatos, equinos, entre outros”Renata Brandão, gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar

De acordo com a circular nº 64, as unidades que passam a concentrar as doses são: Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Hospital Regional de Taguatinga (HRT), Hospital Regional do Gama (HRG), Hospital Regional de Ceilândia (HRC) e Hospital Regional de Sobradinho (HRS).

O documento também orienta os profissionais da saúde para realizar a avaliação rigorosa dos casos de possível exposição ao vírus da raiva, sendo indicado em acidentes graves a depender da natureza da exposição e das condições do animal agressor.

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“Alguns roedores são considerados animais de baixo risco para a transmissão da raiva, não sendo necessário indicar o esquema preventivo”, afirma o diretor da Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos. A instrução vale para os casos de acidentes com ratazana de esgoto, rato de telhado, camundongo, porquinho-da-índia, hamster e coelho.

A vacinação anual de cães e gatos é uma das medidas de prevenção contra a raiva | Foto: Tony Winston/Agência Saúde DF

A gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e de Transmissão Hídrica e Alimentar, Renata Brandão, reforça que apenas os mamíferos transmitem e adoecem pelo vírus da raiva. “No Brasil e no Distrito Federal, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre, onde pode haver contaminação de cães, gatos, equinos, entre outros”.

A orientação dos técnicos reforça ainda outras medidas de prevenção:
– Em caso de acidente (mordedura, arranhadura ou lambedura), lavar imediatamente o ferimento com água e sabão;
– Procurar uma unidade de saúde e relatar a situação detalhadamente para avaliação da necessidade da profilaxia (vacinação);
– Evitar tocar ou pegar morcegos ou outros animais silvestres, como macacos, saruês, gambás, capivaras;
– Em caso de mordedura por cão e gato, se possível manter o animal em observação por dez dias. Neste período, se o animal morrer ou desaparecer, procure uma unidade de saúde e informe o ocorrido;
– Quando indicada a vacinação, completar o esquema dentro do prazo estabelecido conforme prazos no cartão vacina;
– Realizar a vacinação de cães e gatos anualmente.

A área técnica destaca ainda a necessidade de o usuário ser acompanhado pela vigilância do território e pela unidade básica de saúde de sua área a fim de garantir o esquema preventivo no tempo adequado. “O importante é o cidadão buscar a unidade de saúde e avaliar com um profissional de saúde a melhor conduta para seguir”, reforça Renata.

Informações sobre a raiva podem ser consultadas neste link.



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FONTEAgência Brasília
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