Se cuide Rollemberg: Ibaneis quer pente-fino em órgãos governamentais do DF



Governador assinou decreto que deve levantar despesas públicas provenientes de órgãos da administração direta, autárquica e fundacional gestão anterior  

Por Kleber Karpov

Após encontrar um rombo de cerca de R$ 1 bilhão, apenas na Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF), o governador eleito, Ibaneis Rocha (MDB), quer fazer um pente fino nas contas das secretarias estaduais. A meta é identificar todas as dívidas de pessoal, fornecedores de bens e serviços e débitos contraídos, que ainda permanecem sem registro contábil.

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Por meio do Decreto nº 39.618, de 7 de janeiro de 2019, o chefe do Executivo determinou o levantamento de todas as despesas de exercícios anteriores, a ser efetuado pelos órgãos da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive nas empresas estatais dependentes do Tesouro local. Com prazo de 10 dias úteis, tais levantamentos devem ser encaminhados à Secretaria de Estado de Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão.

Herança maldita

Embora o ex-governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), defendeu ter deixado a “casa arrumada” com saldo de R$ 600 milhões, nos cofres públicos. Antes da descoberta do novo rombo, Ibaneis contrapôs tais números ao observar que, na prática, a herança maldita, chegava a ordem dos R$ 3 bilhões. Isso em decorrência de despesas à pagar.

Nesse contexto, vale observar que, dos R$ 3 bilhões, um dos poucos números concretos das dívidas da saúde, eram cerca de R$ 320 milhões em dívidas com clínicas particulares. Com o salto para R$ 1 bilhão, o montante das despesas deixadas por Rollemberg, pode saltar para a casa dos R$ 4 bilhões.

Expectativa

Fato é que após a realização do levantamento, Ibaneis pode se esbarrar com uma dívida catastrófica, e talvez problemas graves, seja de falta de gestão, ou de constatações de ações nada republicanas, por tantas vezes denunciadas pela mídia, durante a gestão de Rollemberg. Além da Saúde, há uma grande chance de o governador receber relatos provenientes de  pastas sensíveis, ao ‘escovar’ atento de um pente-fino.

Resta saber se, porventura encontrar possíveis rombos, provenientes da gestão passadas, que iniciativas o novo governador, que chegou a cogitar, deixar de olhar o retrovisor, deve vir a tomar, caso encontre irregularidades.



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