Secretaria de Saúde confirma morte de quatro macacos com febre amarela no DF



Governo tenta prevenir transmissão da doença nos locais onde encontraram os animais

Quatro macacos, três em Ceilândia (DF) e um no Jardim Zoológico de Brasília, morreram após contrair febre amarela no Distrito Federal. A Secretaria de Saúde do DF confirmou os casos, após receber o laudo sobre as mortes na última quinta-feira (10).

Segundo a pasta, a Dival (Diretoria de Vigilância Ambiental) recebeu uma notificação de macacos mortos no Núcleo Rural da Ceilândia, e das quatro amostras encaminhadas ao laboratório, três deram positivo para febre amarela. O laudo foi encaminhado pelo laboratório na quarta-feira (9).

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Já na quinta-feira (10), o laboratório encaminhou também o laudo da amostra de um macaco morto que havia sido encontrado no Zoológico do DF. A amostra também deu positivo para febre amarela.

Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, a pasta está atuando em parceria com o Zoológico para tomar as providências de prevenção da doença. As medidas incluem a busca ativa por macacos mortos; a captura do mosquito que transmite a doença; e a busca de pessoas não vacinadas para a febre amarela que residem ou trabalham próximo das áreas onde foram encontrados os animais.

Também como medida de segurança, exames de sangue serão realizados em todos os primatas do Zoológico para controle preventivo da doença, e será feito um controle de imunização em todos os funcionários do Zoológico.

De janeiro até setembro de 2015, foram atendidos, na rede de saúde do DF, três casos confirmados de febre amarela em humanos, com transmissão em Goiás (nos municípios de Alto Paraíso, São Miguel do Araguaia e Alexânia), já que o Distrito Federal não tem casos de febre amarela desde 2010.

Dois dos contaminados com a doença morreram neste ano. No último caso, em maio, Ivan Machado Júnior foi contaminado durante uma pescaria no Rio Araguaia, em Goiás, segundo a Secretaria de Saúde.

Características da doença

Os sintomas aparecem de três a seis dias depois da picada. São semelhantes aos de uma gripe. O vírus se espalha pelo corpo, causando febre, amarelão na pele e nos olhos, dores de cabeça e no corpo e calafrios. Pode atacar o fígado e os rins e o portador passa a ter crises de vômitos e diarreia. Com o agravamento, pode haver diminuição ou ausência de urina, sangramentos e confusão mental.

A transmissão ocorre pela picada de mosquito silvestre (em florestas) e pelo mosquito Aedes aegypti infectado – o mesmo que transmite a dengue e a febre chikungunya. O período de incubação varia de 3 a 6 dias. A vacinação contra a febre amarela está disponível em todos os centros e postos de saúde do Distrito Federal, e deve ser feita por pessoas que vão viajar para áreas de risco com, pelo menos, dez dias de antecedência.

Na identificação de alguns desses sintomas, o Ministério da Saúde recomenda que a pessoa procure imediatamente um médico da unidade de saúde mais próxima e o informe se viajou, nos últimos 15 dias, para áreas de matas, beiras de rios em qualquer uma das áreas descritas acima. O paciente deve permanecer em repouso e fazer reposição de líquidos.

Fonte: R7



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