Secretaria de Saúde do DF apresenta balanço de ações em 2019



Gestores mostram dados sobre cirurgias, atendimentos e destaques no setor

Por Leandro Cipriano

Mais cirurgias, atendimentos e avanços em toda a rede pública de saúde do Distrito Federal. Em 2019, a atual gestão da Secretaria de Saúde alcançou feitos notáveis em seu primeiro ano à frente da pasta. Os dados foram apresentados em balanço realizado nesta quinta-feira (23) no Palácio do Buriti.

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“As ações realizadas por todas as equipes de saúde trouxeram à população do DF um grande ganho em 2019, uma vez que era o primeiro ano de gestão e trabalhávamos com o orçamento passado. Os feitos e entregas foram vantajosos para todos, beneficiando tanto a população como os servidores”, afirmou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto.

Em 2019, por exemplo, foram realizadas 68 mil cirurgias nos hospitais da rede pública do DF, uma quantidade expressiva em comparação a 2018, quando foram feitos 39 mil procedimentos. Ampliar esse tipo de serviço era uma determinação do governador Ibaneis Rocha para humanizar o atendimento público.

Nesse ponto, outras conquistas para a população incluíram a redução em 23% dos óbitos nas internações das unidades hospitalares em relação a 2018; o desbloqueio de 29 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede pública; o credenciamento de clínicas privadas para a realização de cirurgias de catarata; distribuídas 5,4 mil armadilhas para controle do Aedes aegypti e inspecionados mais de 1 milhão de imóveis.

Entre as principais melhorias, também é possível destacar a renovação das unidades de saúde de toda a rede pública, possíveis depois do aporte de R$ 43 milhões destinados à manutenção predial. Todos os hospitais passaram por algum tipo de revitalização. Das mais simples, como reparos da energia elétrica e hidráulica, às mais complexas, como impermeabilização de telhados e reestruturação de setores hospitalares inteiros.

Atenção Primária

Com relação à Atenção Primária, foram atendidos 2,5 milhões de pacientes no ano passado, 40% a mais do que no ano anterior. Algumas melhorias contribuíram para isso: a ampliação do horário de funcionamento de 19 unidades básicas de saúde (UBS) para até as 22 horas; a implantação de 81 serviços de Práticas Integrativas em Saúde (PIS); a abertura de mais 12 unidades de atenção farmacêutica nas UBS; mais indivíduos acompanhados no Programa Bolsa Família, subindo para 131.317 pessoas; habilitação de 25 novas equipes de saúde bucal com ampliação de carga horária, entre outras iniciativas.

A expansão desse atendimento na Atenção Primária está em curso. A gestão entregou à população uma nova UBS em Planaltina e outras unidades reformadas em Santa Maria e Gama. Também conseguiu licitar, em 2019, a construção de mais quatro UBS, localizadas em Sol Nascente/Pôr do Sol, Parque Paranoá, Vale do Amanhecer e Jardins Mangueiral. Uma quinta abriu licitação no início de 2020 para erguer a unidade da Vila Buritizinho, em Sobradinho II.

Além disso, foram elaborados projetos de construção de outras nove UBS: na Estrutural, Santa Maria, Planaltina, Gama, São Sebastião, Águas Claras, Sobradinho e Brazlândia (em Chapadinha e Incra).

Servidores

Ao todo, 576 servidores da Secretaria de Saúde tiveram sua carga horária ampliada no ano passado, de 20 para 40 horas semanais de trabalho. Isso totalizou 11 mil horas a mais de atendimento à população. Além disso, 376 servidores concursados foram nomeados em cargos de vacância e outros 1.023 foram redistribuídos na rede, egressos do Instituto de Gestão Estratégia em Saúde do Distrito Federal (Iges-DF).

O respeito ao servidor público também foi uma das premissas da atual gestão. A implementação do teletrabalho, do curso Aposente Bem para quem está próximo de se aposentar e a flexibilização do banco de horas foram alguns dos benefícios trazidos pela pasta aos estatuários. Ao todo, 17.817 servidores foram capacitados em treinamentos e formações.

Pagamentos

Outro ponto importante foram os pagamentos devidos a aposentados e servidores que cumpriram horas extras. Um passivo com eles desde 2002 foi quitado em 2019 no valor de R$ 9,9 milhões. Somente em pecúnias, foram pagos nesta gestão R$ 50.230.365,45 devidos a servidores que se aposentaram a partir de 2016. Também foi quitado e regularizado o Trabalho em Período Determinado (TPD) referente a uma dívida de agosto de 2018.

No exercício de 2019, foi autorizado o orçamento de pouco mais de R$ 8 bilhões para a Secretaria de Saúde. O Fundo de Saúde do Distrito Federal (FSDF) empenhou o valor de R$ 7,6 bilhões para todos os tipos de pagamentos da pasta e liquidou 97% desse valor, ou seja, R$ 7,3 bilhões – uma marca histórica para um início da gestão na pasta.

Pelo Fundo de Saúde, também foram firmados convênios importantes. Entre eles, o que inclui o projeto para construir o novo Hospital Oncológico, aprovado nesta gestão. O valor foi orçado em R$ 119.772.956,78. Já estão em execução os projetos para a reforma do bloco administrativo do Hospital de Base e da Unidade de Cuidados Neonatais do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib).

No Complexo Regulador do Distrito Federal (CRDF), destacou-se a implementação do Acompanhamento de Solicitações de Acesso aos Serviços de Saúde (Asass), que teve 50 mil acessos entre outubro e dezembro de 2019.

Outra novidade: subiu de 40 para 45 o número de especialidades reguladas. Foram acrescidas a Colonoscopia, Retossigmoidoscopia, Endoscopia, Pneumologia e Odontologia. Nas cirurgias eletivas, subiu de duas para oito as especialidades reguladas (cardíaca, cabeça e pescoço, otorrinolaringologia, oftalmologia, gineco-oncologia, torácica, urologia e endovascular).

No Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF), implementaram, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar, o Serviço Unificado de Atendimento Pré-Hospitalar, reduzindo o envio duplicado de viaturas nos atendimentos. Também reestruturaram o Núcleo de Educação em Urgências, habilitaram 18 motolâncias e adquiriam 11 novas viaturas para renovar a frota.

Mais unidades

Outras entidades que integram a rede pública de saúde também apresentaram balanços em suas áreas. No Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB), foram realizadas 2,8 mil cirurgias em 2019, com destaque para a separação das gêmeas craniópagas Mel e Lis, e o tratamento de extrofia de bexiga – ambas inéditas no DF.

“Essas cirurgias foram muito noticiadas e tornaram o Distrito Federal referência em saúde. A previsão é de que vamos fazer, este ano, mais duas cirurgias para tratamento de extrofia de bexiga”, informou o superintende executivo do HCB, Renilson Rehem.

Foram realizadas ainda, no Hospital da Criança, 4.776 internações, 328.231 exames diversos e a ativação de 148 leitos, 30 deles de UTI, credenciados junto ao Ministério da Saúde.

Já no Instituto do Coração do Distrito Federal (ICDF), foram realizados 77.257 exames e consultas, 4.613 procedimentos hemodinâmicos, 1.781 cirurgias e 216 transplantes de coração, fígado, rim, medula óssea e córnea.

Na Fundação Hemocentro de Brasília, foram registrados 69 mil atendimentos de doadores de sangue, 112 mil componentes produzidos e 10.515 exames de doadores e pacientes para transplantes. Já a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), realizou diversos cursos e capacitações.

IGES – Outro que apresentou seus dados foi o Iges-DF. De acordo com o instituto, 29 leitos de UTI foram habilitados nas unidades geridas pela entidade em 2019, além de outros 36 terem sido aprovados e aguardarem a publicação no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). Além disso, 100 monitores foram contratados para o Projeto Humanizar, para ajudar no atendimento em todas as unidades geridas pelo Iges-DF.

Outras novidades foram igualmente destacadas, como a retomada de cirurgias cardíacas de peito aberto no Hospital de Base; implantação de um novo sistema de gestão hospital, chamado MV, com R$ 21 milhões de investimento; e a ampliação do serviço de uma empresa especializada em Radiologia para as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).

“Agradeço a todos por esse serviço maravilhoso, que tem ajudado cada vez mais a população do DF. Precisamos integrar ainda mais essa rede e mostrar para a sociedade o que fizemos juntos, porque, com união, somos todos mais fortes”, ressaltou o diretor-presidente do Iges-DF, Francisco Araújo.

Fonte: Agência Saúde DF



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