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22 dez 2024 09:41
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Secretaria de Saúde promove, no Parque da Cidade, evento pelo Dia Mundial da Obesidade no sábado (9)

Aumento dos casos de obesidade preocupa profissionais da saúde



Por Alexandre Álvares

Na busca por uma sociedade mais saudável, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), em parceria com outras instituições, promoverá, neste sábado (9), uma conscientização pelo Dia Mundial da Obesidade. O encontro será no estacionamento 13 do Parque da Cidade, ao lado da Administração, a partir das 8h.

A obesidade é uma doença que pode levar a inúmeras complicações de saúde como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão. Pode também estar relacionada a alguns tipos de câncer, afetar o sono, causar problemas psicológicos, além de acarretar baixa na qualidade de vida ou, até mesmo, a morte.

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A obesidade pode levar a inúmeras complicações de saúde como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Relatório da Federação Mundial da Obesidade (WOF) preocupa especialistas e profissionais da saúde. A perspectiva da obesidade na população está na contramão do combate ao sedentarismo. Na atualidade, 22,4% da população brasileira adulta é obesa, mas o problema se intensifica a cada ano e a projeção é de que o Brasil terá 41% dos adultos brasileiros obesos até 2035. A perspectiva mundial é de que 1 a cada 4 pessoas sofrerão com a doença, o que equivale a cerca de 2 bilhões de pessoas.

A porta de entrada na rede pública de saúde do DF para pessoas com obesidade e sobrepeso é o sistema de Atenção Primária, iniciado na Unidade Básicas de Saúde (UBS). A SES-DF acolhe a população e, de acordo com a grau da doença, encaminha para os serviços de atendimento endocrinológicos ou para os centros especializados em obesidade.

A porta de entrada são as Unidades Básicas de Saúde (UBSs). De acordo com o grau da doença, o paciente é encaminhado para atendimento endocrinológico ou para os centros especializados em obesidade. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

A Referência Técnica Distrital (RTD) de endocrinologia da SES-DF, Flávia Franca, explica que os casos mais graves precisam de tratamento. “Atendemos pacientes com obesidade grau dois associado a algumas comorbidades como: diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, entre outros. Atendemos também obesidade grau três, independentemente de comorbidades”, explica.

O Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh) é um dos locais de atendimento médico multiprofissional da rede pública. Desde de 2017, o Cedoh atua no tratamento das comorbidades para o atendimento de pessoas que foram diagnosticadas como de risco e de alto risco.

A gerente do Cedoh, Alexandra Rubim, destaca que o trabalho é feito de forma interdisciplinar. “Temos endocrinologistas adulto e pediátrico, cardiologistas, nefrologistas, equipe de enfermagem, fisioterapia, nutrição e psicologia. Os pacientes são encaminhados pelo sistema de regulação de vagas e ficam conosco por dois anos”, explica.

O Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh) atua no tratamento das comorbidades para o atendimento de pessoas que foram diagnosticadas como de risco e de alto risco. Foto: Agência Saúde-DF

O processo inclui acolhimento, orientação e tratamentos, com atendimentos presenciais na unidade, a cada dois meses. O sucesso terapêutico é identificado quando o paciente consegue eliminar de 5 a 15% do peso corporal. O Cedoh já atendeu cerca de 930 adultos desde sua inauguração e, a partir de 2019, recebeu 431 crianças, adolescentes e suas famílias.

Superação e consistência

O sobrepeso, também conhecido como pré-obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), está relacionado a Índices de Massa Corporal (IMC) maiores ou iguais a 25 kg/m2. Na população brasileira, essa doença afeta cerca de 57% dos homens. Um dos grandes problemas é o aumento da circunferência abdominal, muito comum na comunidade masculina. Mensurado pelo índice de Circunferência de Cintura (CC), o indicador mostra o nível de gordura intra-abdominal ou visceral.

A conhecida “barriguinha de chopp” pode esconder uma série de problemas de saúde ligados à obesidade. Foi o que descobriu o estudante de psicologia, Fábio Alves, de 43 anos. “Sempre fiz atividade física, mas sem ter uma consistência. Com o passar dos anos, comecei a ganhar peso, cheguei a pesar 115 kg”.

Fábio Alves teve inflamação do nervo ciático e problemas de locomoção. Após procurar ajuda profissional, ele passou a ter intensidade e foco na alimentação e no treino. “Já perdi quase 30 kg, sem tomar nenhum tipo de medicação”. Foto: Arquivo Pessoal

Uma inflamação do nervo ciático e problemas de locomoção levaram o futuro psicólogo a procurar ajuda profissional. Após consultas médicas e com acompanhamento de nutricionista e educador físico, Fábio passou a ter intensidade e foco na alimentação e no treino. “Hoje estou treinando todos os dias, intercalando entre corrida, natação e academia. Já perdi quase 30 kg, sem tomar nenhum tipo de medicação. Mas tudo com o acompanhamento de profissionais de saúde”, afirma.

Março de ativismo e conscientização

Desde 2015, o dia 4 de março foi escolhido como o Dia Mundial da Obesidade para mobilizar a sociedade em função da prevenção e do manejo da obesidade. Este ano o tema da campanha estimula a conversa interdisciplinar.

Na medida em que a maior dificuldade no controle de peso é equilibrar a balança entre o consumo e o gasto calórico, a atividade física pode ser uma solução. É o que pensa a Organização Mundial da Saúde (OMS) ao instituir também o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo, celebrado no próximo dia 10 de março.

Saiba mais sobre a obesidade.

 

Depositphotos Parceiro Política Distrital

 

 



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