Secretaria de Saúde, UnB e Fiocruz desenvolvem pesquisa para vigilância genômica

Proposta inovadora propõe, inicialmente, monitorar microrganismos que causem covid-19 e tuberculose no DF. Responsáveis apresentaram a ideia na 6ª edição da Feira de Soluções para a Saúde



Por Michelle Horovits

Depois de uma pandemia global, o monitoramento dos microrganismos que podem causar doenças (patógenos) e a análise de suas características genéticas passou a ser prioridade de vários governos para garantir a saúde pública. Uma dessas técnicas é o sequenciamento genômico. Com foco inicial em tuberculose e covid-19, a Secretaria de Saúde (SES-DF), a Universidade de Brasília (UnB) e as fundações Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília e de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) uniram para desenvolver uma vigilância genômica na capital.

Servidora licenciada da SES-DF, Olga Maíra Machado, participa da pesquisa, fazendo um doutorado sobre o tema, em parceria com o Laboratório Central do DF. Ela acredita que a proposta pode ajudar no enfrentamento de crises sanitárias. Foto: Arquivo Pessoal

A proposta inovadora foi apresentada nesta segunda-feira (27) na na 6ª edição da Feira de Soluções para a Saúde, uma iniciativa da SES-DF e da Fiocruz Brasília. A servidora licenciada da pasta, Olga Maíra Machado, participa da pesquisa e escreve um doutorado sobre o tema em parceria ao Laboratório Central do DF (Lacen). “A ideia é testar o transporte de material biológico com drones [aeronaves não tripuladas]. Será avaliado a segurança do deslocamento, qualidade das amostras e a eficiência desse método”, detalha.

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Realizada no Lacen, a pesquisa faz testes com o drone da Atlantis Technologies junto à H4nds, ensaiando como seria o transporte de uma amostra biológica de um ponto a outro. O coordenador de Integração Estratégica da Fiocruz DF, Wagner Martins, conta que o projeto elabora uma série de análises para garantir a segurança desse tipo de deslocamento e verificar se é possível adotar o método em todas as secretarias de saúde do país. “Precisamos ter certeza da segurança e desenvolver protocolos que assegurem a qualidade das amostras. Só assim poderemos saber se é viável. Vamos realizar testes por um ano e meio. É uma solução tecnológica inovadora. Estamos levando a saúde a outro estágio”, avalia.

O Coordenador de Integração Estratégica da Fiocruz DF, Wagner Martins explica que é preciso ter certeza da segurança desse tipo de transporte, e desenvolver protocolos para garantir a qualidade das amostras biológicas, só assim poderemos saber se é viável. Foto: Mariana Raphael/Arquivo/Agência Saúde-DF

Feira de inovação em saúde

A pesquisa de vigilância genômica no DF é apenas uma das quase 60 inovações cadastradas na 6ª edição da Feira de Soluções para a Saúde. Pela primeira vez, entre os dias 27 e 29 de novembro, a capital federal sedia o evento, patrocinado pela FAP-DF. O objetivo é disseminar e incentivar possibilidades que inspirem ou auxiliem no enfrentamento de crises sanitárias do século XXI.

Monitoramento dos microrganismos que podem causar doenças (patógenos) e análise de suas características genéticas por técnicas, como o sequenciamento genômico, passou a ser prioridade de vários governos para garantir a saúde pública. Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF


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FONTEAgência Saúde DF
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