Secretaria de Segurança Pública interdita depósito clandestino no Setor Comercial Sul



Ambulantes guardavam comida no meio de ratos e esgoto

Um depósito clandestino que armazenava alimentos e produtos vendidos por ambulantes foi descoberto e interditado na manhã desta quinta-feira (27) no Setor Comercial Sul, região central de Brasília. Foram retirados seis caminhões basculantes com as mercadorias que estavam amontoadas em condições precárias em meio a ratos, esgoto e muita sujeira. A apreensão foi resultado da operação Centro Legal, que é desenvolvida desde o início do ano pela Subsecretaria de Integração de Operações de Segurança Pública (Siosp), ligada à Secretaria de Segurança e da Paz Social. 

Ao todo, foram apreendidos 15 mil itens entre roupas, bijuterias e carrinhos para o comércio informal. Os agentes também levaram um freezer com bebidas e alimentos congelados, como churrasquinho e açaí. Essa é a segunda ação do tipo nesse depósito. A primeira foi no ano passado, quando os agentes apreenderam mais de 60 mil itens.

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De acordo com a superintendente de fiscalização de atividades econômicas da Agefis, Lucilene Abreu, os ambulantes pagavam mensalemente um aluguel ao dono do imóvel. Vale lembrar que o material apreendido e que não é perecível, como roupas e bijuterias, foi encaminhado ao depósito e os donos têm até 30 dias a partir da publicação no Diário Oficial para tentar reaver os produtos, apresentando nota fiscal. “Para isso, eles deverão fazer a comprovação da propriedade da mercadoria e do cadastro junto ao governo para exercer a atividade ambulante”, explicou Lucilene. Caso não sejam procurados, os produtos serão doados às instituições de caridade.

Além de policiais militares, a operação contou com agentes do Siosp e mais cerca de 40 pessoas, entre auditores e fiscais de apoio da Agefis, a Agência de Fiscalização do Distrito Federal. De acordo com o subsecretário do Siosp, coronel Joao Batista Pereira Maia, durante a ação foi possível descobrir até mesmo uma espécie de fabricação caseira de garrafas de água mineral. “Certamente, os ambulantes reciclavam as garrafas pets, abasteciam com água da torneira, lacravam e vendiam novamente nos sinais de trânsito, rodoviária e pontos de ônibus”, observou o coronel.

Segundo o major Frota, da Polícia Militar, o esgoto corria a céu aberto pelas instalações do edifício, que fica na Galeria Ouvidor, que já foi conhecido como “buraco do rato”, e onde a polícia faz trabalho diário de combate ao consumo e à venda de drogas. “Nós observamos que parte do teto de gesso está desabando, encontramos uma gata amamentando filhotes, além de muita bagunça e sujeira, situação nada favorável para armazenar de alimentos” comparou o militar.

Centro Legal

A ação “Centro Legal” começou o início do ano e reuniu 12 órgãos do governo de Brasília para garantir a ordem pública, dar segurança aos transeuntes e comerciantes e revitalizar o Setor Comercial Sul. O objetivo é combater o comércio ambulante e o transporte irregular de passageiros, o tráfico e uso de drogas e outros crimes. Além disso, foram realizadas melhorias na iluminação e nas calçadas, além de outras reformas. A ação é continua e já conseguiu reduzir consideravelmente os índices de criminalidade na região.



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