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23 dez 2024 01:20


Secretário de Saúde prevê imunizar 80% da população do DF em 2021

Segundo o secretário, o DF registrou queda da taxa de transmissão nas últimas semanas, de 0,89 para 0,84

Em reunião extraordinária remota da Comissão Especial de Vacinação da Câmara Legislativa, realizada nesta terça-feira (19), o secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, afirmou que 80% da população do DF deverá ser imunizada contra a Covid-19 até dezembro. Ele reafirmou o alinhamento ao Ministério da Saúde, destacando que o Brasil é o “principal país em número e expertise de vacinação em todo o planeta” e ressaltou que o DF dispõe de insumos suficientes para todas as fases da imunização. O secretário ainda afirmou que o sistema de Saúde conta com 169 salas de vacinação e “grande quantidade de câmaras frias”, que garantem a segurança no armazenamento das doses.

A deputada Arlete Sampaio (PT), presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura da CLDF, parabenizou o secretário pelo Plano de Vacinação, mas criticou a baixa quantidade de vacinas disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, que ela classificou como “amostra grátis”. A distrital e o relator da Comissão, deputado Delmasso (Republicanos), perguntaram sobre a possibilidade do Governo do Distrito Federal (GDF) negociar diretamente com fabricantes para garantir maior quantidade de doses.

O secretário disse que apenas o Ministério da Saúde pode adquirir as vacinas, sendo a única opção de negociação direta a Sputnik 5, que poderá ser fabricada no DF, mas que ainda não apresentou todos os documentos à Anvisa.

Para o presidente da Comissão, deputado Fábio Felix (Psol), contar apenas com a vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde pode comprometer a imunização no DF. “Há necessidade de o GDF estabelecer urgentemente um ‘plano B’ de busca própria pelas vacinas. Se esperar pelo Governo, a gente pode viver uma descontinuidade da vacinação”.

O deputado Jorge Vianna (Podemos) também defendeu a negociação direta com institutos e fabricantes para a aquisição de mais vacina: “O presidente fala que a responsabilidade é dos governadores e prefeitos. Não seria temeroso aguardar só o Ministério da Saúde?”, questionou.

O deputado João Cardoso (Avante) argumentou que é preciso “aumentar os leques dos beneficiados”, incluindo trabalhadores não previstos atualmente. Entre as categorias, ele destacou todos os profissionais de educação, incluindo os do transporte escolar, seguranças e porteiros; vigilantes ambientais; metroviários; rodoviários; taxistas; feirantes; conselheiros tutelares; líderes religiosos, e servidores públicos que realizem atendimento presencial. “Que o GDF possa garantir que a aquisição seja o mais rápido possível. Isso sim pode controlar a pandemia aqui no DF”, defendeu.

O subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Divino Valero, frisou que existe preocupação com todos os profissionais e categorias, “mas tudo depende da quantidade de vacinas que chegará”. De acordo com ele, o DF tem capacidade de vacinar até 250 mil pessoas por semana, dependendo dos insumos disponíveis. Ele afirmou que “todos serão atendidos até o final do ano” e que, até lá, é preciso “continuar usando máscara e manter o distanciamento social”.

Fases da vacinação

Osnei Okumoto explicou que as primeiras fases de vacinação sofreram ajustes devido a quantidade menor de doses garantidas pelo Governo Federal. A primeira fase inclui trabalhadores da saúde que têm contato direto com pacientes da pandemia; maiores de 75 anos; e pessoas com mais de 65 anos que residam em instituições de longa permanência, como asilos. A segunda fase é voltada para quem tem entre 60 e 74 anos, a terceira, para pessoas com comorbidades. Ainda a ser definida, a quarta fase seria para professores e agentes de segurança pública.

O secretário destacou também uma série de ações que vem sendo realizadas para que a vacinação tenha sucesso, como o fornecimento adequado de água e luz nas unidades de vacinação; a disponibilização de escolas; a produção de campanha publicitária; a escolta das doses e policiamento dos postos; o apoio logístico para vacinas e equipe; a identificação de população vulnerável e treinamento do corpo técnico.
Segundo o secretário, o DF registrou queda da taxa de transmissão nas últimas semanas, de 0,89 para 0,84. O sistema tem atualmente 175 leitos de UTI para Covid-19, com ocupação de 70%.

SourceCLDF

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