Mais uma turma no formato presencial do curso Ressignificar: Proteção Integral às Mulheres foi iniciada nesta terça-feira (10). Desta vez, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) reuniu 260 policiais para a segunda fase do curso, no formato presencial. Serão 15 horas/aula com foco em saúde mental, sistemática de atendimento às vítimas de violência e difusão dos protocolos de atendimento.
Sob coordenação da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), o curso foi desenvolvido com a participação de representantes das forças de segurança e das secretarias envolvidas na temática – Seape, Sejus, Saúde (SES) e Mulher (SMDF) – em cumprimento à determinação do Decreto nº 45.404, de janeiro deste ano.
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, participou da aula inaugural, ao lado do secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, e da comandante-geral da corporação, coronel Ana Paula Barros.
Para Celina Leão, o curso reflete o compromisso do Governo do Distrito Federal (GDF) em capacitar os servidores para atender de forma ainda mais qualificada as vítimas de violência. “Essa iniciativa reforça o compromisso do nosso governo em promover o aperfeiçoamento dos nossos policiais no enfrentamento da violência contra a mulher. Essa é uma pauta prioritária do DF”.
A fase presencial conta com três temas específicos. Um deles, a saúde mental dos servidores, prepara os participantes para lidar com casos de violência contra a mulher sem repetir o estresse. O aprendizado baseado em trilhas de atendimento, em que os alunos são direcionados a uma compreensão sistêmica dos serviços de atendimento à mulher e possíveis encaminhamentos. Por fim, serão difundidos os protocolos de atendimento, assegurando que os servidores conheçam os protocolos específicos de cada órgão da segurança pública.
Para o titular da SSP-DF, a criação deste curso envolve vários órgãos, o que demonstra que a pauta é prioritária para todo o GDF. “Esta é uma fase essencial e que complementa as instruções online. Cada corporação é responsável pela organização do seu curso, mas o objetivo é o mesmo: que todos os servidores sejam capacitados para atender de forma ainda mais qualificada as vítimas de violência”, reforça Avelar.
A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a capacitação é mais uma ação positiva no enfrentamento à violência doméstica. “Estamos celebrando mais uma vitória na luta contra a violência de gênero. Com mais uma turma de policiais da PM no curso Ressignificar, reforçamos o nosso compromisso de preparar nossas forças de segurança para agir com sensibilidade, empatia e eficácia. Esse programa é mais do que uma capacitação; é uma ferramenta de transformação para as mulheres que enfrentaram a violência e para aqueles que estão na linha de frente, garantindo que cada mulher tenha a oportunidade de reconstruir sua vida com dignidade e força.”
“Esses homens aqui, eles estão muito mais comprometidos com essa causa, pois essa é uma das prioridades da corporação, que já realiza essa prevenção por meio do policiamento, do PROVID e, agora, por meio do Ressignificar. A PMDF, que é uma das pioneiras nesta fase presencial do curso, já tem quase 3 mil homens e mulheres formados, dentre a parte presencial e online”, afirmou a comandante-geral da corporação, coronel Ana Paula Barros.
Qualificação
A cada 30 dias, novas turmas online são abertas pela Egov. A previsão é de que nove ciclos sejam necessários para capacitar todo o público-alvo, mas a ideia é manter a oferta por 12 ciclos. A meta é capacitar 24 mil servidores do público-alvo até outubro de 2025. Até o mês de agosto, 5.492 servidores foram capacitados. As forças de segurança – PMDF, Corpo de Bombeiros (CBMDF), Polícia Civil do DF (PCDF) – e a SSP-DF deram início à segunda fase (presencial). O Departamento de Trânsito (Detran) está em tratativas para o início da ação presencial no departamento.
O documento de criação do curso instituiu um grupo de trabalho para a formação e aperfeiçoamento das forças de segurança no combate à violência contra a mulher. O objetivo é garantir um atendimento mais acolhedor e informativo às vítimas, com a apresentação dos programas e políticas públicas existentes e evitando a revitimização.