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26 dez 2024 16:06


Semana Distrital da Maternidade Atípica será realizada em maio

Além de estimular a criação de políticas públicas, o evento vai promover palestras, eventos e acolhimento

A maioria das mães de crianças com deficiência cuida dos filhos sozinha. E a pergunta é: quem cuida de quem cuida? Para dar visibilidade à seriedade que o tratamento do tema demanda, o governador Ibaneis Rocha instituiu na quarta-feira (10) o decreto que cria a Semana Distrital da Maternidade Atípica, a ser realizada anualmente na terceira semana de maio.

“Essa iniciativa vem na hora certa para que possamos trabalhar a conscientização e atingir a nossa inclusão plena”, diz Leide Araújo, mãe de Pedro e integrante da Diretoria do Instituto PAS, que dá suporte a pessoas com autismo | Fotos: Divulgação/SMDF

A iniciativa da Secretaria da Mulher (SMDF) tem como objetivo principal conscientizar, informar e apoiar mães que enfrentam condições especiais durante a maternidade, além de promover uma sociedade mais inclusiva e empática. A Semana Distrital da Maternidade Atípica buscará promover a inclusão e o empoderamento dessas mães por meio de palestras, workshops, painéis de discussão e atividades práticas.

A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, ressalta que, para muitas dessas mães, a jornada da maternidade pode ser ainda mais desafiadora. “O objetivo é proporcionar um espaço seguro e acolhedor para que essas mães possam compartilhar experiências, aprender umas com as outras e obter informações valiosas sobre cuidados pré-natais, parto, amamentação e educação dos filhos”, afirma.

Evento Mães Mais que Especiais foi realizado no Centro Olímpico e Paralímpico do Gama em março

O termo “maternidade atípica” pode ser entendido como situações em que a experiência da maternidade foge do padrão considerado típico. Isso inclui mães com deficiência, mães de crianças com deficiências, doenças raras ou crônicas, bem como mães de crianças com condições especiais, como autismo e síndrome de Down.

Leide Araújo é uma mãe atípica, professora e neuropsicopedagoga que faz parte da Diretoria do Instituto PAS, que dá suporte para pessoas com autismo. “Ser mulher é desafiador. Ser mãe é desafiador. E ser mãe atípica é mais desafiador ainda. Nós, mulheres, precisamos entender que temos que estar juntas. E essa iniciativa vem na hora certa para que possamos trabalhar a conscientização e atingir a nossa inclusão plena”, comemora Leide.

Além da sobrecarga física e emocional, deixar a responsabilidade do cuidado apenas nas mãos das mulheres gera também desigualdades. Em março, a SMDF realizou o primeiro evento Mães Mais que Especiais, no Centro Olímpico e Paralímpico do Gama, que reuniu cerca de 200 mulheres para debater a maternidade atípica.

A semana também tem como meta sensibilizar a sociedade em geral sobre os desafios enfrentados por essas mães. Por meio de campanhas de conscientização, a iniciativa pretende combater o estigma e os preconceitos que muitas vezes cercam essas mães, promovendo a empatia e a compreensão por parte da comunidade.

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