O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) celebrou, na manhã desta terça (13), os quatro anos do Serviço de Deformidades de Face. Esse setor tem contribuído consideravelmente na recuperação da autoestima e qualidade de vida dos pacientes.
Participaram do evento profissionais de saúde, colaboradores e pacientes. O encontro também contou com a presença do deputado distrital Jorge Vianna; do chefe de gabinete do deputado federal Reginaldo Veras, Josafá Santana; da coordenadora-geral de Saúde Bucal da Secretaria de Saúde (SES), Doralice Severo, e da chefe do Núcleo de Residência da Escola Superior de Ciências da Saúde da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), Vanessa Dalva Guimarães Campos.
Antes de a celebração ser iniciada, Doralice Severo aproveitou para visitar alguns setores da odontologia do hospital, como a ortodontia e a endodontia. “A Coordenação-geral de Saúde Bucal tem como responsabilidade financiar, apoiar tecnicamente toda a Rede de Atenção à Saúde Bucal. Essa é a primeira visita que nós estamos fazendo”, disse. “Com certeza, nós vamos espalhar essa experiência tão exitosa pelo Brasil e vamos conseguir fazer o SUS mais forte, para atender as necessidades da população brasileira”.
Em comemoração aos quatro anos do Serviço de Deformidades de Face do HRSM, os convidados destacaram os impactos das emendas parlamentares destinadas à melhoria do setor. Ao todo, Reginaldo Veras destinou emenda de R$ 1 milhão, montante do qual R$ 320 mil foram empregados na aquisição do tomógrafo odontológico e o restante para compra de instrumentais e equipamentos odontológicos.
Jorge Vianna também contribuiu, destinando R$ 300 mil para aquisição de instrumentais e equipamentos odontológicos. “O Ministério da Saúde tem o dever, agora, de resgatar a tecnologia para os profissionais. A odontologia não é mais aquela de antigamente, e precisa de mais recursos que podem melhorar sua atuação”, disse.
A chefe do serviço e organizadora do evento, Erika Maurienn, levou a proposta de projeto de expansão de área física do serviço de odontologia e algumas sugestões. “A gente sabe a luta que foi para chegarmos até aqui; e, se você está aqui hoje, é porque faz parte desta conquista. Muito obrigada por estarem aqui”, declarou. “Deixo só uma pequena sugestão, de uma minuta de projeto de lei para tornar esse serviço essencial e protegido por lei”.
A superintendente do HRSM, Eliane Souza de Abreu, demonstrou confiança em relação aos próximos anos. “Falar do que a equipe de bucomaxilofacial entrega neste hospital é falar de entregar a melhor experiência para vocês”, enfatizou. “Esse evento de hoje é, de fato, uma representação de quão prósperos serão os anos de 2023 e 2024”.
Já o gerente-geral de Assistência do HRSM, Guilherme Porfírio, aproveitou para exaltar o percurso percorrido pelo serviço e os efeitos positivos com a aquisição do novo tomógrafo: “Hoje, com recursos que os senhores estão destinando, nós somos o melhor centro de especialidade odontológica do Distrito Federal. Nós vamos ser o primeiro hospital do DF a ter um tomógrafo odontológico”.
Representando Veras, o professor Josafá Santana frisou o alcance de novas conquistas para a área odontológica. “Reginaldo Veras, enquanto deputado distrital, foi responsável por uma lei muito importante – a lei que estabeleceu a obrigatoriedade da presença de um odontólogo nas UTIs dos hospitais públicos e particulares de Brasília”, disse. “Há muito tempo, Reginaldo, integra essa parceria com a área de odontologia. Nós não queremos, de forma alguma, apartar essa necessidade de estar junto à odontologia e ao HRSM”.
“Nós vamos ser o primeiro hospital do DF a ter um tomógrafo odontológico”Guilherme Porfírio, gerente geral de Assistência do HRSM
Vanessa Campos, da Fepecs, se emocionou com a trajetória da residência em bucomaxilofacial, que, na época, tinha como único alvo o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). “Nós conseguimos expandir o cenário da residência para o HRSM. Os pacientes que sofrem traumas de face são atendidos tanto aqui quanto no HBDF, e agora, com o passar dos anos, nós conseguimos inserir a odontologia na saúde da família, na terapia intensiva”, disse. “Nós estamos pleiteando, junto ao Ministério da Saúde e Educação, duas novas residências, que são a residência em radiologia odontológica e a residência multiprofissional”.
Depoimento
Em 2017, a servidora pública Thaís Santos de Oliveira, 30, procurou por uma cirurgia ortognática que, até então, só era feita no HBDF. Após conseguir encaminhamento para o hospital e entrar para a fila – que, posteriormente, foi dividida entre HBDF e HRSM -, ela foi realocada para o HRSM.
Em 2019, o ortodontista do HRSM Paulo de Tarso entrou em contato com a paciente para marcação de consulta e, assim, dar início ao tratamento ortodôntico. Thaís apresentava dificuldades para mastigar, engolir e apneia do sono. “Após a cirurgia, eu tive benefícios funcionais e estéticos”, destacou a paciente. Ela também elogiou o atendimento e o empenho da equipe: “As pessoas de ortodontia e bucomaxilofacial são profissionais muito capacitadas e atenciosas”.
Mais três pacientes foram convidados para contar um pouco de suas histórias e aproveitaram para agradecer pela dedicação dos profissionais pelo serviço de excelência prestado.
Projeto de expansão
Erika Maurienn aproveitou os minutos finais para compartilhar proposta de projeto de expansão da área física do Serviço de Odontologia do HRSM, mostrando a planta arquitetônica.
O deputado Jorge Vianna ouviu a proposta e reforçou a possibilidade de construir um núcleo nos próximos quatro anos: “Está na hora de pensar em pegar um pedaço desse terreno aqui e fazer a construção do Centro da Odontologia”.
O parlamentar também incluiu observações e considerações diante do projeto. “Nós não podemos eximir o Estado das responsabilidades de fazer contratações; nós entramos com uma parte suplementar para resolver um problema pontual”, considerou. “Se a gente focado apenas as emendas parlamentares, nós podemos ter um prejuízo de não conseguir avançar nos próximos quatro anos”.
Jorge Vianna falou ainda sobre a importância de levar essa iniciativa para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), para que o centro seja construído com recursos do Governo do Distrito Federal (GDF). “Existem vários passos para podermos construir”, disse.