SES-DF: Microcefalia segue sob controle no DF



No momento, a capital federal não tem nenhum caso da doença ligado ao Zika

Por Kelly Ikuma

A Secretaria de Saúde descartou a associação ao Zika vírus ao único caso de microcefalia investigado em um bebê nascido no dia 4 de outubro no Distrito Federal. Nesse segundo semestre foram reportados ao Serviço de Vigilância Epidemiológica (SVE) sete casos da doença na capital. Eles serão investigados de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde para confirmar o diagnóstico de microcefalia e se algum deles tem ligação com o Zika.

“O Distrito Federal não teve nenhum caso de Zika vírus. Os dois únicos foram importados. Foram contraídos em Teresina e em Salvador”, relatou o subsecretário de Vigilância de Saúde, Tiago Coelho. Segundo ele, a população não tem motivos para se preocupar, no momento. “Não tivemos nenhuma epidemia de Zika Vírus no Distrito Federal”, frisou o gestor, ao destacar que o combate ao Aedes aegypti é essencial.

Segundo o novo critério do Ministério de Saúde, entre 37 semanas e 42 semanas, se o bebê nascer com o diâmetro perímetro encefálico igual ou menor que 32 cm, a situação é levada em consideração.
Quando o recém-nascido passa pelo canal uterino, em parto normal, há um achatamento cranioencefálico, procedimento comum. Por exemplo, quando uma criança nasce com 31 centímetros, o crânio pode naturalmente alcançar 34 centímetros dentro de 24 a 48 horas. Portanto, é necessário cautela antes da confirmação de qualquer diagnóstico.

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SAIBA MAIS

* O que é a microcefalia?
A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 32 cm.

* Quais as causas desta condição?
Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

* O que é o vírus Zika?
O vírus Zika é um arbovírus (grande família de vírus), transmitido pela picada do mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti.

* A microcefalia pode levar a óbito ou deixar sequelas?
Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso. Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida.

* Como é feito o diagnóstico?
Após o nascimento, o primeiro exame físico é rotina nos berçários e deve ser feito em até 24 horas do nascimento. Este período é um dos principais momentos para se realizar busca ativa de possíveis anomalias congênitas.

*Qual o tratamento para a microcefalia?
Não há tratamento específico. Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo Sistema Único da Saúde (SUS). Como cada criança desenvolve complicações diferentes – entre elas respiratórias, neurológicas e motoras – o acompanhamento por diferentes especialistas vai depender de suas funções que ficarem comprometidas.

Fonte: Agência Saúde



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