Setembro Verde também alerta sobre a prevenção do câncer de intestino

Doença é prevenível se for tratada precocemente



Para conscientizar e alertar a população sobre a prevenção contra o câncer de intestino (cólon e reto), a Secretaria de Saúde tem apoiado a campanha nacional do “Setembro Verde”. A iniciativa, promovida pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), tem como objetivo chamar atenção para a detecção precoce da doença.

“Também conhecido como câncer colorretal, se for rastreado precocemente pode mudar a vida do paciente. Apesar de ter uma incidência alta, ele pode ser evitável e curável quando o diagnóstico é feito na fase inicial, pois a grande maioria dos casos surge de uma lesão benigna”, explica a Referência Técnica Distrital (RTD) de Coloproctologia da Assessoria de Política de Prevenção e Controle do Câncer (Asccan) da Secretaria de Saúde, Nadja Nóbrega.

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Atualmente, a doença representa a segunda causa de morte por câncer no mundo e o fenômeno repete-se em nações como o Brasil. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para 2020 aponta 40.990 novos casos no país, fazendo com que esse tumor seja o segundo mais frequente nos homens e nas mulheres por aqui.

Somente no Distrito Federal, a estimativa para este ano é o aparecimento de 490 novos casos, sendo 260 deles em homens e 230 em mulheres. Os dados do Inca sugerem em 2020 uma incidência de 16,85 casos por 100 mil habitantes do sexo masculino e 13,74 por 100 mil habitantes do sexo feminino.

“No DF, já temos protocolo que será divulgado nas unidades básicas de saúde e para a população, sobre a importância do rastreamento e da detecção precoce da doença, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes e da colonoscopia. Mas também é importante que os pacientes sem sintomas o façam quando estiverem na idade apropriada”, informa a especialista.

A Sociedade Brasileira de Coloproctologia recomenda a realização da colonoscopia a partir dos 50 anos, quando não há casos na família de câncer colorretal e pólipos – lesões benignas que crescem na parede interna do intestino e podem se tornar malignas com o passar do tempo. Quando houver histórico familiar, a recomendação geralmente é a partir dos 40 anos de idade.

Acesso

Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a porta de entrada para o atendimento e tratamento da doença começa nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O médico de Família e Comunidade identifica a necessidade de exames, como a colonoscopia, que são regulados e com prioridade para os casos mais graves.

“Felizmente, não temos lista de espera para exames de classificação vermelha e amarela. Ao inserir o pedido, ele segue o prazo sugerido, que é de até 30 dias para casos vermelhos e até 60 dias para casos amarelos. Caso tenha câncer, eles são inseridos na regulação com prioridade vermelha para serem tratados em hospitais com grande e médio porte de atendimento, nos serviços de proctologia apoiados pela oncologia e pela radioterapia”, detalha Nadja Nóbrega.

O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto, que é o endoscópio.

Risco

Os principais fatores de risco relacionados ao câncer de intestino são:

– Ter idade igual ou acima de 50;
– Estar acima do peso;
– Ter histórico familiar ou pessoal de câncer de intestino, ovário, mama ou útero;
– Manter uma alimentação pobre em vegetais e alimentos fontes de fibras;
– Consumir rotineiramente carnes processadas, como salsicha, mortadela, presunto, bacon, peito de peru, salame, etc;
– Comer mais de 500 gramas de carne vermelha por semana;
– Fumar e/ou abusar de bebidas alcoólicas.

Prevenção

Com a adoção de uma vida mais saudável é possível evitar o desenvolvimento da doença. A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como uma melhor alimentação são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino.

Uma alimentação saudável é composta, principalmente, por alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes. Esse padrão de alimentação é rico em fibras e, além de promover o bom funcionamento do intestino, também ajuda no controle do peso corporal.

Manter o peso dentro dos limites da normalidade e fazer atividade física, movimentando-se diariamente ou na maior parte da semana, são fatores importantes para a prevenção desse tipo de câncer.

Sinais e sintomas

Os sinais e sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são:

– Sangue nas fezes;
– Alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados);
– Dor ou desconforto abdominal;
– Fraqueza e anemia;
– Perda de peso sem causa aparente.
– Alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas)
– Massa (tumoração) abdominal

Esses sinais e sintomas também estão presentes em problemas como hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento específico.

Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.



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FONTESecretaria de Saúde do DF
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