Simulado de Desastre testa preparação do Hospital de Base do DF
Evento marca encerramento do curso de Atendimento a Múltiplas Vítimas e Desastres do HBDF e reforça conscientização no Maio Amarelo
Por Pollyana Cabral
Nesta terça-feira (28), das 9h às 11h, o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) realizou um exercício simulado de desastre no pronto-socorro, encerrando as ações do Maio Amarelo, mês dedicado à prevenção e redução de mortes por acidentes de trânsito.
“O simulado é fundamental para garantir que todos os profissionais estejam preparados para atuar de forma rápida e eficiente em situações reais de emergência. Isso não só salva vidas, mas também, otimiza a gestão de recursos do hospital,” afirmou o superintendente do HBDF, Guilherme Porfírio.
A partir de uma iniciativa da Gerência de Emergência e o Serviço de Cirurgia do Trauma, o cenário escolhido foi uma colisão entre um ônibus e um carro no final do Eixão, envolvendo 20 vítimas: 10 com ferimentos leves (classificação verde), 7 com ferimentos moderados (classificação amarela) e 3 em estado grave (classificação vermelha). O simulado contou com o apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e vários alunos e voluntários de cursos de medicina e enfermagem da capital.
Para trazer mais realismo à simulação, as “vítimas” foram maquiadas pela enfermeira e maquiadora realística, Fabiana Sena. Os preparativos incluíram reuniões, notificações aos participantes, preparação do ambiente com materiais de simulação, definição de sistemas de comunicação e áreas de comando, alinhamento com serviços pré-hospitalares e identificação dos participantes e viaturas. Tudo foi pensado para garantir a máxima eficácia e realismo do exercício, sem prejuízos aos atendimentos ordinários do hospital.
O coordenador do Centro de Trauma recebeu informações sobre o incidente e ativou o Alerta Amarelo, convocando residentes e equipes de cirurgia do Trauma e outras especialidades clinicas e cirúrgicas. Equipes de enfermagem foram remanejadas para o Centro de Trauma, e a montagem do Sistema de Comando de Incidentes Hospitalar (SCIH) foi iniciada, com a designação de funções específicas.
As áreas de trabalho foram preparadas para receber as vítimas, com leitos e espaços de atendimento distribuídos entre a Área Vermelha, Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) e o Posto 03. Setores do hospital, como centro cirúrgico, banco de sangue, hotelaria, farmácia, segurança e comunicação, foram notificados e preparados para a mobilização.
“Esses exercícios são essenciais para avaliar e aprimorar os planos de resposta a situações de múltiplas vítimas e desastres, a fim de reduzir os danos e as perdas de vidas em situações reais”, afirmou o cirurgião de trauma, Rodrigo Caselli.
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Ele acrescentou: “A superlotação em serviços de emergência é praticamente uma realidade mundial e nesses cenários, qualquer aumento súbito da demanda, como um acidente de ônibus, pode se tornar uma situação de desastre. A realização periódica de exercícios simulados como este deve fazer parte da rotina dos serviços de emergência, pois nos permite avaliar a resposta coordenada de nossas equipes e melhorar continuamente a nossa preparação para eventos dessa natureza.”
A avaliação pós-exercício, que inclui a compilação e análise dos feedbacks coletados, ajudará na revisão das ações e atualização contínua do Plano de Atendimento a Desastres. Este exercício reforça o compromisso do HBDF com a excelência no atendimento e a segurança da população, em sintonia com os objetivos do Maio Amarelo.