Sindate-DF pede solução para a demora de atendimento no PS do HRT



Por Rayane Fernandes

A classificação de risco no Pronto Socorro do Hospital de Taguatinga (HRT) foi o principal assunto discutido entre o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate-DF) e a direção do hospital, na tarde dessa quinta-feira (11). O maior problema apurado pelo sindicato foi em relação à demora no atendimento dos pacientes após a classificação.

Atualmente, a classificação é feita seguindo uma fila única, ou seja, os pacientes classificados vão sendo atendidos conforme são chamados, independentemente da especialidade. No entanto, segundo a diretora do Sindate, Isa Leal, para que houvesse um melhor fluxo no atendimento, o ideal seria fazer essa separação por especialidade. Esse era o modelo adotado anteriormente.

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“Para que um paciente classificado seja atendido por uma determinada especialidade, por exemplo, ele precisa esperar que os demais sejam chamados. No entanto, o atendimento a esse paciente que está na frente nem sempre será realizado pelo mesmo especialista, o que acaba inviabilizando a agilidade no atendimento e causando insatisfação para o usuário e, consequentemente, para os técnicos, que recebem reclamações por conta da longa espera”, enfatizou.

Apesar do pedido de retorno ao modelo de classificação por especialidade, a gerente de enfermagem do setor, Marisete Batista, afirmou que não é possível adotá-lo novamente, visto que o pronto socorro segue um protocolo de classificação da Secretaria de Saúde.

Bandeira vermelha

A situação da classificação vai além, segundo a diretora Josy Jacob. Ela afirma que todos os pacientes são classificados, mas quando o hospital está em bandeira vermelha, os médicos do local atendem apenas quem foi classificado como bandeira vermelha.

“O problema são os demais pacientes, que não estão em bandeira vermelha, pois eles têm que ficar esperando. Se não chega nenhum vermelho, o médico também não atende os demais. E aí o Pronto Socorro fica superlotado, o serviço de classificação acaba sendo prejudicado, pois a enfermagem classifica, mas os pacientes não são chamados”, avaliou. “Isso precisa ser discutido, pois os técnicos, profissionais que estão na linha frente, estão sofrendo com agressões verbais por uma coisa que eles não têm culpa”, finalizou.

Conscientização

O Sindate-DF sugeriu ao diretor do HRT, Sávio Ananias, que seja conversado com a Secretaria de Saúde para que seja feita uma campanha de conscientização da população. “Muitas pessoas com um problema simples de se resolver, recorrem ao hospital, sendo que poderiam ir para as Unidades de Pronto Atendimento, ou até mesmo para os Centros de Saúde”, afirmou a diretora Isa. “Com a campanha de conscientização e com as pessoas procurando outras formas de atendimento, que não o hospital, a demanda hospitalar seria bem menor e os profissionais atenderiam, de fato, os pacientes com gravidade”, comentou.

O diretor do HRT, Sávio Ananias, concordou com a colocação do Sindate afirmou que a direção repensará nos problemas colocados. “Veremos com a equipe onde pode ser mudada alguma coisa. A classificação de risco é o cartão de visita do hospital”, afirmou.

Também participaram da reunião os diretores Elza Aparecida, Moisés de Miranda e Maria do Carmo.

Fonte: Sindate-DF



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