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23 dez 2024 01:21


Sindate-DF publica nota de repúdio contra expansão do IGESDF

Por Kleber Karpov

A direção do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate-DF), publicou nota de repúdio, em que se posiciona contrária a expansão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF). A publicação ocorreu após realização de audiência pública, de prestação de contas da secretária de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Lucilene Florêncio, na segunda-feira (23/Out), na Câmara Legislativa do DF (CLDF).

Dentre os motivos apontados pelo Sindate-DF, ao classificar como inaceitável, a expansão do IGESDF, estão concursos públicos vigentes, a exemplo de técnicos em Enfermagem e dos agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Vigilância Ambiental em Saúde (AVAS), além de processo seletivo, em andamento, dos enfermeiros.

O Sindicato questiona ainda a incompatibilidade entre os recursos investidos no Instituto em decorrência dos atendimentos efetivamente realizados pelo Instituto, além da falta de especialistas. “É sabido que os serviços prometidos pelo IGES não estão sendo feitos. O dinheiro aplicado no Instituto não é compatível com os atendimentos prestados por ele, e podemos ver isso todos os dias, com as notícias de pacientes que demoram horas e horas para serem atendidos nas unidades geridas pelo Instituto, fazendo com que esses pacientes sejam redirecionados para a SES. Sem contar a falta de diversas especialidades.“.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DE REPÚDIO: NÃO A EXPANSÃO DO IGES

Na tarde da última segunda-feira (23), aconteceu na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), uma audiência pública que tinha como intuito apresentar o relatório de atividade quadrimestral da Secretaria de Saúde (SES).

Durante a apresentação dos dados, foi falado sobre a expansão do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGES-DF). Diante disso, o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Sindate) vem a público repudiar essa declaração.

Não podemos aceitar que mais unidades de saúde passem por esse processo de terceirização, sendo que no momento há os concursos de técnicos em enfermagem, ACS, AVAS e enfermeiros em andamento, onde diversos aprovados ainda não foram nomeados.

É sabido que os serviços prometidos pelo IGES não estão sendo feitos. O dinheiro aplicado no Instituto não é compatível com os atendimentos prestados por ele, e podemos ver isso todos os dias, com as notícias de pacientes que demoram horas e horas para serem atendidos nas unidades geridas pelo Instituto, fazendo com que esses pacientes sejam redirecionados para a SES. Sem contar a falta de diversas especialidades.

Ou seja, qual a necessidade expandir uma gestão que não atua corretamente?

Ponderar a expansão do IGES é terceirizar o serviço público, e de quebra desvalorizar a atuação do servidor

A solução é investir na melhoria das estruturas, investir nos servidores, zelando pela saúde mental e física deles e aumentar o quadro de RH.

O Sindate não apoia a expansão do IGES e vai seguir lutando para que nenhuma outra unidade de saúde seja abrangida pelo Instituto. Além disso, seguiremos cobrando e lutando para que os técnicos em enfermagem aprovados no concurso sejam nomeados o quanto antes.

NÃO A TERCEIRIZAÇÃO, NOMEAÇÃO JÁ!

Gestão

Durante sabatina de Júnior, na Comissão de Educação Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa do DF (CLDF)(10/Abr), o deputado distrital, Gabriel Magno (PT), revelou que o IGESDF, em 2018 contou com R$ 142 milhões, empenhado para manutenção do Instituto, equivalente a 3,5% do Fundo de Saúde do DF (FSDF). Valor esse que, em 2022, passou para R$ 1.221 bilhão, teve equivalência de 27% do FSDF.

Conforme dados apresentados por Magno, à época, além dos R$ 142 milhões em 2018, nos anos seguintes foram empenhados pelo GDF, R$ 389 milhões em 2019; R$ 458 milhões (2020); R$ 968 milhões (2021) e R$ 1.221 bilhões empenhados em 2022.

Fonte: Gabriel Magno (PT-DF)

Vale observar que no primeiro ano de gestão, o IGESDF era responsável pela gestão dos hospitais de Base do DF (HBDF), Regional de Santa Maria (HRSM), além de seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em todo o DF. Desde então,  o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), construiu outras sete UPAs, também estão sob gestão do instituto.

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