“Essas notícias, sem nenhum fundamento, fazem parte de movimentações que visam desestabilizar o trabalho que estamos fazendo na Secretaria. Porque estamos aqui enfrentando uma série de interesses.”
Por Kleber Karpov
Quem acompanha as ações e atividades ligadas à Saúde do DF deve ter percebido que a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde-DF), Marli Rodrigues, desde a saída do ex-secretário de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Fábio Gondim passou a pedir de alguns subsecretários da Secretaria e sugere que o atual secretário, Humberto Fonseca, está prestes a ‘jogar a toalha’.
Em declarações recentes, veiculadas na imprensa, a Marli Rodrigues sugere que não adianta trocar o secretário e manter alguns subsecretários, além de chegar a apontar a metralhadora para, por exemplo, o diretor do Fundo de Saúde do DF (FS-DF).
A mais recente do SindSaúde-DF foi publicada no site da entidade, na quarta-feira (26/Mai), em que afirma que fontes palacianas afirmou que Fonseca ‘pediu para sair’, notícia essa repercutida em alguns meios.
Estranhamente, ao mesmo tempo que Marli Rodrigues pede a cabeça de uns, a Presidente poupa a secretária-adjunta, Eliene Berg e conta com suporte da cúpula palaciana para atender as demandas dos servidores a quem representa.
Fontes Palacianas
Em se tratando de fontes palacianas, não se pode negar que Marli Rodrigues possa ter informações privilegiadas no alto escalão do GDF. Além de ter o apreço do governador, Rodrigo Rollemberg (PSB) e do vice, Renato Santana (PSD), outro personagem importante já frequentou os recantos do SindSaúde-DF. Esse é o caso do ouvidor da Vice-Governadoria, Valdecir Marques de Medeiros, um dos fundadores do PSD-DF. Em 2013 Medeiros foi o ‘comandante mor’ e braço direito da sindicalista naquele Sindicato, responsável por assinar as 46 rescisões de ex-funcionários, que configurou um dos maiores calotes a trabalhadores e, também, escândalos de corrupção praticadas por entidade sindical no DF.
Relembre o caso
Naquele mesmo ano ocorreu a denúncia do escândalo de desvio de mais de R$ 2 milhões das contribuições dos sindicalizados da entidade, denunciado por este articulista e um grupo de ex-funcionários do Sindicato. Além do desvio de recursos a cúpula do SindSaúde-DF passou a ser investigada por apropriação indébita de FGTS e INSS dos funcionários, o que resultou em aplicação de multa de R$ 7 milhões, por parte do Ministério Público do Trabalho (MPT); investigações das polícias Civil do DF (PCDF) e Federal (PF).
As investigações da PCDF resultaram em ação judicial ajuizada no Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), atualmente em trânsito no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Interesses escusos
Procurado por servidores, políticos e dirigentes sindicais sobre a procedência da informação, Política Distrital, apurou com o Secretário de Saúde e com a secretária de Comunicação do GDF (Secom), Vera Canfran, que negaram a informação. De acordo com Fonseca a ‘notícia’ não tem fundamento e pode ter propósitos ‘escusos’.
“Essas notícias, sem nenhum fundamento, fazem parte de movimentações que visam desestabilizar o trabalho que estamos fazendo na Secretaria. Porque estamos aqui enfrentando uma série de interesses.”, afirmou.