SindSaúde-DF tenta ‘nadar de braçadas’ em mais de R$ 18 milhões com homologação de acordo para devolver dinheiro a sindicatos

Porém, petição no processo, sobre crimes de Marli Rodrigues, pode complicar ainda mais B.O.s. da sindicalista que tem ostentado gastos pelas redes e veículos de imprensa do DF



Por Kleber Karpov

A presidente do Sindicato dos Empregados de Estabelecimentos de Saúde do DF (SindSaúde-DF), Marli Rodrigues, ‘apertou o passo’ ao peticionar, em 16 de abril, um pedido de homologação de acordo para tentar desbloquear R$ 31,66 milhões. No acordo o Sindicato se propõe a devolver R$ 13,34 milhões a nove entidades sindicais ligadas a Saúde Pública do DF, além do pagamento de R$ 1,48 milhão a credores que entraram no processo. Pedido esse que, se homologado, ainda deixa um total de R$ 18,31 milhões nos caixas do SindSaúde-DF ‘fazer a festa’.

Esses R$ 31,66 milhões retidos pela Justiça, são provenientes de ação que transitou em julgado, sem conhecimento das demais entidades sindicais, conseguiu obter, de forma indevida porém, em sentença transitada em julgado, o desconto sindical dos servidores, nos anos de 2012 a 2017, de contribuições sindicais de todas as categorias. Isso, sob a falsa alegação de ser a legítima representante de todos os servidores da Saúde.

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Caso que acabou com a intervenção e contestação judicial, por parte dos demais sindicatos. Após sucessivas derrotas impostas ao SindSaúde-DF quanto ao reconhecimento da representatividade postulada e com risco de perder o chance de ter acesso a ‘bolada’, Marli Rodrigues, optou por abrir mão e negociar os valores. Caso que ganhou notoriedade com ampla cobertura de PDNEWS (MAR/2018).

Confira os valores negociados:

Fonte: Cedida ao PDNews

Intervenção, na petição

Porém, algo que deve estar a tirar o sono da sindicalista foi o peticionamento, por parte do interventor da AGE, nos autos, de pedido de efetivação do acordo, porém, sem que o restante, no caso os R$ 18,31 milhões sejam liberados para uso por parte da gestão. Para além da intervenção em curso, barrada por força de uma liminar, o interventor Amarildo de Souza Carvalho, incluiu nos autos, os processos de investigação e indiciamento no núcleo familiar de Marli Rodrigues, além do indiciamento da própria sindicalista em ação de apropriação indébita denunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Sindicais do DF (Sintes-DF).

Novas entradas no processo

Outro motivo que pode colocar uma ‘pedra no caminho’ de Marli Rodrigues é que outras entidades sindicais, vítimas da sindicalista, também devem peticionar no processo, pedidos de devolução de dinheiro. Esse é o caso do Sindicato dos Técnicos e Tecnólogos e Auxiliares em Radiologia do Distrito Federal (SINTTAR/DF) com pedido de habilitação no processo, uma vez que os técnicos em radiologia, à época que o SindSaúde-DF ajuizou a ação, também tiveram descontos nos contracheques das contribuições sindicais.

“Fizemos o pedido de habilitação recentemente, por isso ainda não recebemos resposta da Justiça. Mas entendemos que os profissionais das técnicas em radiologia que também tiveram descontos à época, também aguardam que a Justiça determine que a entidade [Sinttar-DF] também receba o que seja inerente da categoria.”, disse o presidente do Sinttar-DF, Alessandro Araújo.

Vítimas de Precatórios e credores

Também são esperados que ingressem na referida ação, centenas de vítimas do SindSaúde-DF, em relação aos precatórios vendidos pelo Sindicato à Cia Toy Brinquedos. Caso esse com denúncia aceita, em 2019, por parte do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), até então sem que tenham recebido os valores comercializados por Marli Rodrigues.

Estranhamente

Após peticionar o acordo, Marli Rodrigues, indiciada criminalmente, além de diversos parentes, mas se apresentou recentemente, especialista em resolver B.O.s, passou a promover gastos milionários, com anúncios em painéis display do Metrópoles, instalado em fachada predial; blogs especiais e spot em diversos jornais e rádios do DF.

O caso mais recente foi a divulgação da contratação do ex-ministro, Eduardo Cardoso, para cuidar das demandas do processo da carreira de Gestão e Assistência Pública à Saúde do  Distrito Federal (GAPS), nas instâncias superiores.

Gastos esses que estranham uma vez que tal acordo ainda não foi homologado pela justiça e até pouco tempo o Sindicato estava a pedir gratuidade na Justiça, com mas de cinco meses de atrasos de pagamentos de funcionários e, com comprometimento, por força de execuções judiciais junto aos repasses na SES-DF, esses, segundo fonte de PDNews, com comprometimento até 2028.

 

 



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