Na madrugada do domingo (15/Abr), bandidos levaram R$ 40 mil de uma loja de de materiais para construção situada na QNM 33, na Região Administrativa de Ceilândia. O caso ‘engrossa’ as estatísticas da prática de roubo a comércio no DF. Levantamento realizado pelo Sindicato dos Policiais Civis do DF (SINPOL-DF) aponta um crescimento de 28% na prática desse crime. De acordo com o SINPOL-DF, de 1º a 14 de abril deste ano foram registrados 72 casos, contra 56 no mesmo período em relação ao ano anterior.
De acordo com informações obtidas pelo SINPOL-DF, o proprietário da loja foi abordado por um homem armado, quando chegava em casa – em imóvel que fica aos fundos do comércio -, por volta das 23h do sábado (14/Abr), quando foi abordado por um homem armado. O criminoso tomou o aparelho celular e exigiu que o comerciante abrisse a loja. Após aberta, três homens, todos armados entraram no prédio. O dono do estabelecimento e um funcionário, que mora no mesmo local foram amarrados e deixados dentro da cozinha, onde permaneceram durante todo o roubo.
Ainda de acordo com relato do SINPOL-DF, os quatro criminosos – três deles encapuzados – permaneceram dentro da loja por cerca de seis horas e deixaram o estabelecimento, por volta das 5 horas da manhã do domingo. O grupo levou, também, um veículo.
O crime foi registrado na 23ª Delegacia de Polícia, localizada no P. Sul, em Ceilândia. Embora a loja seja situada em área de atuação da 15ª DP, localizada no Centro de Ceilândia.
Segundo a direção do SINPOL-DF, a 15ª DP não funciona aos finais de semana porque é uma das 20 delegacias cujo plantão foi fechado pela falta de policiais civis. Segundo dirigentes, a Polícia Civil do DF (PCDF) enfrenta um déficit de mais de 4 mil cargos e, pela primeira vez na história do DF, delegacias são fechadas por falta de efetivo. Com isso, ocorrências como o roubo à loja de material de construção de Ceilândia ficam com as investigações prejudicadas.
A direção alerta ainda que a delegacia, anda em funcionamento, tem quadro reduzido de policiais que trabalham em sobrecarga. Isso por terem que absorver, além dos crimes da área em que já atuam, outras ocorrências de outras regiões.
“Enquanto o GDF comemora números fictícios da criminalidade, a população segue acuada e amedrontada vendo o patrimônio constituído ao longo de anos de trabalho ser tomado pelos bandidos. Enquanto o governo insistir na retirada de recursos da Segurança Pública, os números continuarão a piorar”, afirma o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco Gaúcho.