Situações onde cães ajudam a polícia a resolver casos difíceis

Conheça casos em que cães ajudaram a solucionar e saiba como eles são treinados para serem, além de melhores amigos, também ótimos parceiros policiais. 



Nos anos 80 e 90 os filmes e seriados com cães que trabalhavam para a polícia faziam muito sucesso. Nesse caso, eles levaram a sério esse negócio da arte imitar a vida, pois o melhor amigo do homem também é um parceiro e tanto na hora de resolver casos criminais.

Para os historiadores, essa história começou na Europa, quando oficiais contavam com a ajuda de cachorros para rastrear o que estivessem precisando, lá no século XVII.

Porém, o trabalho como conhecemos hoje se popularizou nos anos 70, ainda no continente europeu, com o programa de treinamento chamado K-9, de acordo com o colunista da Saga Policial.

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Atualmente eles ainda são fundamentais na resolução de muitos casos, assim como os que vamos falar ainda neste post, mas antes vamos te explicar como eles chegam a fazer parte da nossa segurança pública.

Quais cães são utilizados em casos de polícia?

Trabalhar nos departamentos de segurança pública, definitivamente, não é para “qualquer um”. Embora não haja uma restrição sobre quem pode exercer essas profissões, com certeza há algumas características que tornam algumas pessoas mais aptas do que outras.

O mesmo acontece com os cães, e no caso deles, há raças específicas que determinam se eles podem ou não serem cães farejadores.

Os principais requisitos para a escolha dessas raças são a inteligência e a capacidade física do animal, que precisa ser forte, ágil, de grande porte, além de serem atentos e obedientes.

Em geral, as mais utilizadas são:

  1. Pastor Alemão

  2. Golden Retriever

  3. Labrador Retriever

  4. Belga Malinois

Todas elas possuem as características citadas acima e fazem muito bem o seu papel. Devido ao sucesso das operações em que participam, desde que se iniciou o trabalho com cães na polícia, elas são fundamentais e continuarão sendo.

Como os cães impactam positivamente na perícia?

Não é novidade que os cães são excelentes farejadores. Alexandra Horowitz, professora de psicologia, comportamento animal e cognição canina na Columbia University, relata que eles têm 300 milhões de células olfativas, e nós, “apenas” 5 milhões.

Então, o olfato deles mal pode ser comparado ao nosso, e foi justamente por isso que eles iniciaram seu trabalho com a polícia.

Como nós não temos a capacidade de “adivinhar” quem esteve em tal lugar, ou não temos visão de raio-x (infelizmente), para descobrirmos onde se escondem substâncias ilícitas, os cães fazem essas duas coisas tranquilamente.

É claro que a visão de raio-x ainda é impossível, mas os focinhos são ótimos substitutos, e é por eles que drogas, corpos e até foragidos são encontrados.

Nesse sentido, nossos companheiros dão um show e cheiram tudo aquilo que os nossos olhos podem enxergar ou perceber.

Para solucionar um caso, os policiais dependem de câmeras, testemunhas, pistas físicas e muita intuição, mas às vezes, todas essas coisas não são suficientes para encontrar aquilo ou quem precisam.

Então, é aí que os cães entram em ação, e o olfato serve como um guia, uma “bússola do crime” sendo fundamentais em vários casos, seja de apreensão de drogas ou suspeitos.

Como eles são treinados?

Geralmente, o treinamento começa quando o cão ainda é um filhotinho, pois isso ajuda o ajuda a se acostumar com todo o processo muito mais fácil.

Os cães que farejam drogas, podem começar a partir dos 11 meses, já aqueles que auxiliam na captura de suspeitos, começam aos 18 meses de vida.

Quanto ao tempo que eles são treinados, varia conforme a atividade que exercem e como cada cão se adapta aos treinamentos.

O comportamento natural que vira trabalho

Segundo o capitão Juliano Cesar Sirio, comandante da 2ª Companhia do 5º Batalhão de Polícia de Choque/Canil, o adestramento basicamente adapta os comportamentos naturais dos cães e voltam eles para o exercício das funções policiais.

Ou seja, farejar, morder, e explorar passam a ser um “trabalho”, o qual eles são muito bem recompensados!

E como é na prática?

Esse processo é feito pela apresentação dos cães ao cheiro que eles precisam detectar, e quando conseguem, ganham uma recompensa, que pode ser um alimento ou um brinquedo.

O comandante do pelotão de cães, Gabriel Siqueira Arêdes, relata que os treinamentos duram até uma hora por dia e consistem em duas fases principais.

Na primeira, as tarefas são apresentadas e eles aprendem mais sobre como exercer as funções. Já na segunda fase, a de manutenção, é como uma “recuperação”, onde eles aprendem melhor aquilo que ainda não estão craques.

A aposentadoria

Com todo o trabalho honroso que realizam, é claro que a aposentadoria também é merecida e acontece entre 8 a 10 anos. A boa notícia é que costumam ser adotados pelos próprios policiais!

Cases de sucesso – Conheça cães de resolveram casos criminais

Agente Bruno

Bruno, ou agente Bruno, como costuma ser chamado, foi tão habilidoso e fundamental na resolução de um caso, homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo.

O herói é da raça Bloodhound e ajudou a Polícia Civil a encontrar o responsável pelo homicídio do turista norte-americano David Sommer, que possivelmente teria ido à uma casa de prostituição, informação confirmada pelo cão e que resultou na solução do caso.

Segundo o repórter do G1, Bruno recebeu a homenagem antes de se aposentar, aos 8 anos, com uma medalha de “trabalho e coragem”.

Scotty

Mais um case de sucesso, Scotty, um Pastor-belga-malinois, ajudou a polícia a confirmar o suspeito do assassinato da jovem Mayara Roquetto, no estado de São Paulo.

Os policiais civis estavam em posse das roupas do suspeito e deram-nas para o cão farejar. Depois, o levaram próximo ao local do crime, prontamente apontado por Scotty, que, identificando o local exato de onde tudo aconteceu, pôde confirmar a suspeita.

Após a confirmação do cão farejador, o assassino foi preso pela civil e o Batalhão de Ações Especiais de Polícia.

Para completar, Scotty também ajudou a encontrar onde o suspeito estava foragido, com o auxílio das pistas de testemunhas.

Shogun

Além de ajudar a resolver casos como esses, tem aqueles que auxiliam na apreensão de drogas junto à Divisão de Narcóticos.

Shogun é um deles, um cão da raça Belga Malinois que ajudou a polícia de Assis Chateaubriand (Paraná) a encontrar mais de 35 quilos de substâncias ilícitas avaliadas em R$ 1 milhão e resultou na prisão de 3 traficantes.

Dexter

O perito Lula Peres relata como um cão policial conseguiu desvendar o caso que havia sido arquivado há décadas por falta de provas e suspeitos.

Depois de 36 anos, uma testemunha contou que o irmão tinha problemas mentais, se apossou de uma arma de fogo e matou uma pessoa que até então era dada como desaparecida.

No intuito de se livrar do “problema”, o pai do jovem teria ocultado o cadáver dentro da própria casa. Após essa revelação, a polícia reabriu o caso mesmo acreditando que seria difícil, por conta do estado de decomposição de mais de 30 anos.

Primeiro, foi utilizado um georadar e um detector de metal, para rastrear os objetos usados pela vítima e ambos apontaram para o mesmo lugar.

 

Depois, o cão Dexter foi levado ao mesmo terreno e não apontou nenhum sinal. Quando os policiais escavaram o local, não havia corpo algum, o que mostra que os cães dificilmente dão alarme falso e podem ser mais eficientes do que muitos aparelhos tecnológicos por aí.

Outro caso, porém, foi o trabalho da polícia civil em uma casa onde supostamente um indivíduo teria matado o amigo e enterrado no quintal.

Como um período com muito tempo ocorrido do crime, levaram os cães para confirmar o trabalho deles e assim conseguiram encontrar as ossadas da vítima perto de um muro depois da escavação e assim foi confirmado o exame de DNA e o caso foi resolvido.

Já deu para perceber como nossos amigos tem mais qualidade do que imaginamos, não é? Para que o seu pet seja sempre tão incrível como os cachorros que falamos até aqui, leve-os à uma clínica veterinária regularmente. Assim, ele será o seu parceiro “no crime” por muitos anos, no sentido figurativo, é claro.



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