Solenidade abre a 1ª Semana da Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa na Câmara Legislativa do DF



Por Francisco Espínola

Foi realizada na manhã desta terça-feira (8) a solenidade de abertura da 1ª Semana da Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara Legislativa do Distrito Federal. De hoje à quinta-feira, ocorre uma intensa programação com atividades culturais, de saúde e bem-estar, além de palestras e serviços gratuitos para a população. Veja aqui a programação completa.

Além da presença do deputado Chico Vigilante (PT), procurador Especial de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa na CLDF, a cerimônia, transmitida pela TV Câmara Distritral, contou também com o presidente da Câmara Legislativa, deputado Wellington Luiz (MDB), representantes de secretarias do Distrito Federal, e instituições como Defensoria Pública do DF e Fecomércio, entre outras. Houve ainda apresentação da dupla Zé Mulato e Cassiano que interpretou o Hino Nacional e outras canções.

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Vigilante destacou que o evento, que será realizado anualmente, tem por objetivo valorizar a pessoa idosa e suas experiências. “Essa semana é exatamente para mostrar que idoso não é velho e que a gente tem muito a ensinar para as pessoas jovens. A gente tem uma vida pela frente e quer viver bem, em uma cidade onde a gente possa andar nas calçadas, onde as praças possam ser frequentadas, onde o sistema de saúde sirva efetivamente às pessoas idosas”, declarou Chico Vigilante. O deputado ainda completou: “muita gente tem vergonha de dizer que é idoso e nós precisamos assumir que somos idosos e queremos ter qualidade de vida”.

Por sua vez, o deputado Wellington Luiz enfatizou que a idade é motivo de orgulho e essa parcela da população merece ainda atenção da CLDF. “Só é idoso quem está vivo, por isso é motivo de orgulho chegar onde vocês chegaram [e onde está minha mãe com 97 anos]. Vocês são a voz da experiência e da sabedoria. Não tem banco de faculdade que dê o conhecimento que o tempo proporciona. A Câmara Legislativa hoje se alegra e faço o compromisso de que esse é o primeiro de muitos encontros que realizaremos”, afiançou o presidente.

A deputada federal Erika Kokay (PT) ressaltou a importância de continuar sonhando, independente da idade. “Quando a gente deixa de sonhar, perde um quê de humanidade. Sonhar é fundamental”, disse a deputada. Ela também defendeu que a experiência deve ser valorizada. “Precisamos valorizar as pessoas que têm muita experiência para ser contada e para nos ensinar todos os dias”, asseverou Kokay.

Já o secretário Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Alexandre da Silva, revelou que está sendo gestado um plano nacional específico para esse público. “Em poucos meses a sociedade vai receber um plano nacional da pessoa idosa, agregando tudo aquilo que é feito nos ministérios da saúde, previdência, educação, esporte ou turismo. [Afinal], envelhecer é acumular aprendizados e vamos fazer juntos um Brasil melhor para que todos tenham o direito de envelhecer”, afirmou o secretário nacional.

A secretaria de Justiça do DF, Marcela Passamani, registrou a importância cada vez maior das políticas públicas diante da inversão da pirâmide etária de nossa sociedade. “Estamos em uma cidade que está envelhecendo. Por isso, todos que estão aqui sabem: temos que pensar diferente e promover políticas públicas diferentes que possam atender vocês. Nada mais digno e respeitoso do que promover atividades e programas que possam fazer com que vocês se sintam bem. Precisamos envelhecer com saúde e a promoção da saúde vem no corpo, no espírito e na mente. É isso que a gente promove por meio do programa 60+”, assegurou Passamani.

Em seu discurso, o defensor Público-Geral, Celestino Chupel, lembrou o papel da instituição junto à pessoa idosa. “A Defensoria entende que a defesa dos direitos da pessoa idosa é fundamental, sendo foco de inúmeras ações da nossa instituição”. Ele dividiu a palavra com a defensora Amanda Cristina, que registrou a luta para combater a violência patrimonial e psicológica. “A violência patrimonial cresceu 23% no DF. Os grandes problemas aqui são a violência financeira e a psicológica, aquela que ocorre dentro de casa. Vocês são os protagonistas de suas vidas, se não querem emprestar o cartão, vocês não têm obrigação”, defendeu Amanda Cristina.

O presidente da Fecomércio, José Aparecido, contou que no Sesc o grupo das pessoas idosas recebe outro nome. “Lá vocês são o GMV, o grupo dos mais vividos, porque não são idosos e nem velhos, são os mais vividos. Hoje são mais de 1.700 pessoas cadastradas nos GMV do Sesc e, em nossas sete unidades, participam de atividades como coral, oficina de memória, dança e inclusão digital. Quando vocês completam 60 anos são um pouco excluídos da sociedade, então é nossa obrigação trazer vocês de volta”, explicou José Aparecido. Ele ainda ressaltou o relevante papel que prestam o Sesc e o Senac junto ao público 60+.

Já a chefe de gabinete da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Camila Ribeiro, afirmou que “a secretaria tem trabalhado para trazer práticas integrativas para as UBS [unidades básicas de saúde], e trabalhar a promoção e a prevenção de saúde para ter uma qualidade de vida com participação e vitalidade”.

 



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FONTEAgência CLDF
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