Suspensão de partos em Santa Maria gera nova crise no hospital do Gama



O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), está enviando, hoje, ofícios ao secretário de Saúde, ao Ministério Público, à Ordem dos Advogados do Brasil, à Defensoria Pública, Conselho Regional de Medicina, Cúria Metropolitana de Brasília e ao presidente da CPI da Saúde para uma reunião, na quarta-feira (1º), com médicos e diretores dos hospitais regionais do Gama e Santa Maria, em função da suspensão dos partos no HRSM por falta de neonatologistas.
Em abril de 2016, médicos e enfermeiros que atuavam na neonatologia do Gama foram remanejados para Santa Maria, o que reduziu a capacidade de atendimentos no HRG à metade. “As parturientes vão voltar a bater à porta do Gama, pois é o hospital mais próximo, mas não há equipe ou estrutura para atendimento nem garantia de haver ambulância para transporte para outras unidades”, aponta Adriana Graziano, diretora do SindMédico-DF.
Á época da mudança, também foram removidos equipamentos do Gama, que ficou com quatro leitos de retaguarda dentro do Centro Obstétrico – considerados insuficientes. A própria localização é um problema, pois implica em movi-mentação de visitantes por áreas que deveriam dar maior privacidades às pacientes.
A expectativa de recomposição da equipe em Santa Maria pode não se concretizar. As 79 contratações anunciadas na primeira quinzena deste mês não acrescentam nenhum novo profissional ao quadro da secretaria, apenas repõe servidores que pediram exoneração ou deixaram de assumir na última nomeação. “Uma eventual contratação temporária também não passa de medida paliativa”, aponta Adriana. A suspensão dos partos, destaca a diretora, gera impacto em todas as outras unidades que oferecem serviço de obstetrícia – todas já funcionando no limite.
Memória
A questão da neonatologia no HRSM não é nova. Em julho de 2012, o SindMédico-DF protocolou no Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM/DF) um pedido de interdição ética na neonatologia do hospital. A equi-pe, que deveria ter número mínimo de 11 profissionais, contava com apenas cinco.


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