TCDF alerta para a queda no número de profissionais do SAMU e determina melhorias



O Tribunal de Contas do Distrito Federal decidiu alertar o secretário de Saúde do DF, Humberto Lucena, sobre a necessidade de implementação de medidas para adequar o número de servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Uma auditoria realizada pelo TCDF (Processo 1836/2013) revelou a insuficiência no quantitativo de profissionais.

Para o funcionamento adequado do SAMU seriam necessárias mais de 12 mil horas por mês de carga horária médica. Em 2014, o corpo técnico da Corte havia verificado um déficit de 2.400 horas por mês. A fiscalização também havia apontado dificuldades na contratação e permanência de servidores no serviço móvel de urgência, que pedem para sair por causa da intensidade e do ritmo das atividades desempenhadas. De acordo com os gestores, em 2013, só de médicos foram 37 exonerações. Por isso, o TCDF havia questionado a SES/DF sobre medidas de incentivo para evitar esse tipo de saída, mas não houve manifestação da pasta.

Redução no número de profissionais

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Posteriormente, uma nova inspeção do Tribunal constatou que ainda havia carência de profissionais no SAMU e a tentativa de amenizá-la com o pagamento de horas extras, o que gera um gasto mensal de quase R$ 2 milhões por mês. A Secretaria de Saúde informou que publicou editais para contratação de médicos temporários e efetivos. Os auditores do TCDF, então, compararam os quadros de pessoal em dezembro de 2014 e em outubro de 2015. Apesar de a SES/DF dizer que adotou procedimentos para aumentar o número de profissionais, a fiscalização da Corte mostrou o contrário: houve uma redução de cerca de 4% no quantitativo de servidores e diminuição no volume de horas extras pago durante os primeiros sete meses de 2015 em relação ao mesmo período de 2014.

Falta de controle

A auditoria também apontou um desconhecimento dos custos das atividades do SAMU, o que impossibilita mensurar a eficiência e a eficácia das despesas no serviço. Segundo o relatório, os meios de controle do uso de ambulâncias e outros veículos do serviço são falhos. Também foram encontrados indícios de utilização indevida do programa de trabalho destinado aos gastos com o SAMU. Algumas irregularidades já foram sanadas, a exemplo da anulação de notas de empenho e da correção de erros na descrição dos valores.

Diante dessas falhas, o plenário do TCDF decidiu, em 12 de maio de 2016, determinar à Secretaria de Saúde que aperfeiçoe os controles de uso de Veículos de Intervenção Médica (VIM) e dos Veículos Operacionais (VOP), em especial quanto ao preenchimento das Fichas Diárias de Tráfego. Os profissionais deverão fazer, por exemplo, a marcação inicial e final do odômetro, anotar o órgão requisitante, as ocorrências e o itinerário percorrido.

A Corte também determinou à Controladoria-Geral do DF que informe as providências adotadas para corrigir as irregularidades apontadas em nota técnica do Controle Interno. O Tribunal também recomendou ao secretário de Saúde que verifique a possibilidade de inclusão do SAMU/DF no Programa Nacional de Gestão de Custos do Ministério da Saúde.

Fonte: TCDF



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