TCDF no SindMédico: Contratação de pessoal por OSs incide na LRF,  afirma Renato Rainha



Tema é pacificado no Tribunal de Contas do DF

Por Kleber Karpov

Na terça-feira (26/Abr), o presidente do Tribunal de Contas do DF (TCDF) Renato Rainha concedeu entrevista ao também presidente do Sindicato dos Médicos do DF (SindMédico), Gutemberg Fialho, para o programa SindMédicoTV. Na ocasião o conselheiro do TCDF falou, entre outros assuntos, sobre a tentativa de o governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), instituir a gestão da Saúde por meio de Organizações Sociais (OSs).

Para justificar a instituição de Organizações Sociais na gestão da Saúde do DF, um dos argumentos sustentados por parte do governo é a possibilidade de o GDF fazer contratações de profissionais de Saúde, sem incidir nos limites estabelecidos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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Na entrevista de acordo com Rainha, para efeito dos órgãos de controle, “é computado como se servidor público fosse.” O Conselheiro explicou que toda atividade que represente a atividade fim da saúde, seja por meio de servidores públicos ou de empregado de uma OSs, tem que ser computado para gasto de pessoal, em consequência, incide sobre a LRF.

“Quando se paga o salário do médico da OSs é computado como se o médico fosse um médico público. O Tribunal já tomou essa decisão, já debateu muito essa matéria e essa questão já está pacificada na Corte.”.

Terceirização da Saúde

Outro questionamento do presidente do SindMédico foi sobre a opinião de Rainha sobre a substituição do papel do estado, na gestão dos servidor públicos, por meio de OSs, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público  (Oscips).

Rainha apontou o posicionamento à época em que o Hospital Regional de Santa Maria  (HRSM) foi entregue à OSs Real Sociedade Espanhola de Beneficência e afirmou que essa é uma responsabilidade do Estado.

“Me preocupa muito, qualquer tentativa de terceirizar uma área essencial como é a questão da Saúde. isso me preocupa muito e acho que o Tribunal vai debater muito essa matéria se realmente acontecer isso e for levado até o Tribunal. Volto a dizer em momento anterior que o Tribunal se posicionou por algumas vozes contrária à questão dessas  organizações sociais. O meu entendimento pessoal é esse, é que saúde, ela é pública.”.

Para Rainha, não justifica, o DF ter condições de prestar uma saúde pública com qualidade à população, não fazê-lo para entregar a gestão da saúde às Organizações sociais.

Em tempo, o O MPDFT concorda

Durante uma reunião no TCDF, com as promotoras do Ministério Público de Contas do DF (MPC-DF), Claudia Fernanda e do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), Marisa Isar, com representantes de entidades sindicais, intermediadas pela deputada federeal, Erika Kokay (PT)(12/Fev), questionadas sobre as nomeações de novos servidores, a posição de Marisa Isar foi exatamente a mesma.

 “Assim como os gastos das despesas de pessoal, do pessoal contratado pelas OSS entram nos limites da LRF, os nomeados também entram. Então não teria porque ela [Secretaria de Estado de Saúde do DF (SES-DF)] não nomear os candidatos aprovados no concurso.”.

Com informações do SindMédico-DF



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