Por Kleber Karpov
Na noite de domingo (30/Abr), quatro garimpeiros ilegais, que atuam na Terra Indígena Yanomami, foram mortos, ao entrarem em confronto com agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), durante incursão de agentes da PRF e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Por meio de Nota à imprensa, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) esclareceu que, durante ação, houve apreensão de armas de grande calibre.
“Houve confronto na ação de domingo e quatro garimpeiros morreram, entre eles um foragido da Justiça no Estado do Amapá. Agentes federais apreenderam 11 armas com criminosos: espingardas calibre 12mm, um fuzil e pistolas calibre 45, de uso restrito. Os corpos chegaram a Boa Vista na noite de domingo”, informou, o ministério.
Assassinato de indígena
A ação da PRF ocorreu, após registro de ataques de garimpeiros, na tarde de sábado (29/Abr), à comunidade Uxiú da Terra Indígena Yanomami. Incursão essa, a resultar na morte de um agente de saúde, que atuava na comunidade. Outros dois indígenas foram feridos por tiros, socorridos e transferidos para o Hospital Geral de Roraima, onde permanecem internadas.
No domingo (30/Abr), agentes da Polícia Federal (PF) esteve no local para realizar perícia e colher depoimentos de testemunhas.
Para o MMA, há indícios da existência de uma facção criminosa a controlar o garimpo no local em que houve o confronto. Esse é o quarto ataque registrado, contra equipes do Ibama, desde 6 de fevereiro, início da retomada do território Yanomami, pelo governo federal.
Balanço
Dados do Ministério do Meio Ambiente, apontam que desde o início das ações do governo federal na Terra Indígena Yanomami, foram destruídos 327 acampamentos de garimpeiros, 18 aviões, dois helicópteros, centenas de motores e dezenas de balsas, barcos e tratores. Também foram apreendidas 36 toneladas de cassiterita, 26 mil litros de combustível, além de equipamentos usados por criminosos.
Ações essas que, resultaram em redução de cerca de 80% das áreas desmatadas para mineração, entre fevereiro e abril, se comparado ao mesmo período do ano anterior, segundo imagens obtidas por meio de satélite.