Teste rápido é complementar para definir diagnóstico de dengue



Por Leandro Cipriano

Moradores do Distrito Federal que estiverem com sintomas semelhantes aos da dengue devem se dirigir à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência. Todas as UBS estão aptas a realizar o diagnóstico, por meio de exames clínicos, tomando por base os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Desta forma, o teste rápido se constitui, na verdade, em um exame complementar.

“A definição do caso, se é ou não dengue, não inclui o teste rápido. Neste caso, o profissional de saúde leva em consideração os sinais apresentados pelo paciente. O exame clínico é o principal diagnóstico. É com ele que se descobre a situação. Já o teste rápido, é complementar”, explicou a subsecretaria de Vigilância à Saúde, Elaine Morela.

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Foto: Breno Esaki/Saúde-DF
Foto: Breno Esaki/Saúde-DF

Os testes rápidos de dengue, que deveriam ser repassados pelo Ministério da Saúde, não foram encaminhados ao Distrito Federal por problemas entre o órgão federal e a empresa contratada. Devido a isso, a Secretaria de Saúde iniciou um processo de compra dos kits, que já está em fase final, aguardando assinatura do empenho.

Apesar da aquisição de kits de teste rápido já ter sido feita pela secretaria, é importante destacar que a ausência deles não ocasiona qualquer problema ao diagnóstico. Em caso de dúvidas pelo médico, é coletado o material do paciente e encaminhado ao Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF). O resultado demora, no máximo, cinco dias úteis.

Sintomas

Como nos primeiros meses do ano há muitos casos de dengue, é importante observar os sintomas da doença, como dores abdominais intensas, vômitos constantes, sangramento de mucosas, hipotermia (baixa na temperatura corporal), entre outros. Nesses casos, a pessoa deve procurar, o mais rápido possível, a unidade básica de saúde referência da região onde mora.

Também é importante não tomar remédios sem consultar o profissional de saúde, pois o uso incorreto deles pode agravar a doença. Entre os medicamentos que não devem ser ingeridos quando se está com sintomas de dengue estão a aspirina, ibuprofeno, nimesulida ou diclofenaco.

Apoio da população

Desde o início do ano, os casos de dengue se intensificaram no Distrito Federal. De acordo com o último boletim epidemiológico, foram notificados 1.928 casos em 2019. Por isso, além do combate ao mosquito Aedes aegypti, promovido pela força-tarefa do Governo do Distrito Federal (GDF), é de extrema importância o apoio da população nesse enfrentamento.

Foto: Breno Esaki/Saúde-DF
Foto: Breno Esaki/Saúde-DF

Os canais de contato disponíveis para as pessoas comunicarem sobre locais com possíveis focos de dengue é o telefone 160, da Secretaria de Saúde do DF, e o site onde é possível  também mandar fotos do local.

Para ajudar ainda mais no combate, a população também precisa estar atenta e inspecionar, frequentemente, suas próprias residências. A recomendação é do responsável pela Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), Petrônio Lopes.

“As pessoas devem, pelo menos uma vez por semana, inspecionar suas casas em busca de possíveis focos da dengue. O ovo do mosquito pode ficar mais de 400 dias na natureza sem contato com água. Mas, antes, precisa de um local onde acumula água para depositá-los. Por isso, é muito importante evitar que ponham os ovos”, informa Petrônio.

Entre os cuidados, Petrônio destaca a necessidade de as pessoas verificarem, constantemente, o acúmulo de água em pneus, latas, garrafas e pratinhos de vasos de plantas. Além disso, sempre verificar se a caixa d’água está totalmente fechada, e não guardar entulhos ou vários objetos acumulados que possam se tornar focos de dengue.

“Também é importante, para quem tem quintais, verificar se há folhas ou vegetais com água, colocar areia nos vasinhos das plantas, e deixar emborcadas as garrafas e pneus para não acumularem água parada. Para os que ficam muito ausentes de casa, peça a um vizinho ou familiar que tome esses cuidados, uma vez por semana”, conta.

Fonte: Agência Saúde



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