UBS, UPA ou hospital: em qual local buscar atendimento médico?

De unha encravada a transplantes, saiba qual dos três tipos de unidades de saúde procurar quando houver algum incidente



Por Adriana Izel

A rede pública do Distrito Federal conta com 174 unidades básicas de saúde (UBSs), 13 unidades de pronto atendimento (UPAs) e 16 hospitais. Cada uma delas tem uma função na assistência dos pacientes, o que pode causar dúvida nos usuários.

As UBSs fazem acolhimento primário, controlando doenças crônicas, acompanhando o crescimento e o desenvolvimento das crianças e das grávidas em todas as fases e oferecendo consultas e vacinas | Foto: Tony Oliveira / Agência Brasília

“O mais importante é a gente entender a eficiência do sistema de saúde, que é organizado em rede. Cada diferente ponto tem o seu papel. A Atenção Primária é o primeiro nível de contato do paciente com o sistema de saúde. É o que a gente chama de porta de entrada”, afirma o coordenador da Atenção Primária da Secretaria de Saúde (SES), Fernando Érick Damasceno.

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“As UBSs estão preparadas para ofertar o cuidado primário, que soluciona 80% dos problemas de saúde com baixa densidade tecnológica para resolver a situação da pessoa. A maior parte dos problemas se resolve com os cuidados primários e tratamentos e procedimentos ambulatoriais”Fernando Érick Damasceno, coordenador da Atenção Primária da Secretaria de Saúde

O profissional explica que é necessário reconstruir a lógica na busca pela assistência. “A gente precisa de um modelo de atenção que seja menos voltado para as causas emergenciais, porque o paciente entra infartando, mas poderia ter sido acompanhado precocemente evitando o infarto e a internação. A Atenção Primária aumenta a promoção da saúde e a qualidade de vida”, completa.

Antigamente conhecidas como centros ou postos de saúde, as UBSs constituem a Atenção Primária e têm como principal característica o acolhimento primário, controlando doenças crônicas, acompanhando o crescimento e o desenvolvimento das crianças e das grávidas em todas as fases e oferecendo consultas e vacinas. As unidades também podem atender as chamadas pequenas urgências, que não colocam a vida do paciente em risco.

“As UBSs estão preparadas para ofertar o cuidado primário, que soluciona 80% dos problemas de saúde com baixa densidade tecnológica para resolver a situação da pessoa. A maior parte dos problemas se resolve com os cuidados primários e tratamentos e procedimentos ambulatoriais”, garante Damasceno.

As UPAs funcionam 24 horas e são o caminho para os casos de emergência e urgência: quando chega uma pessoa que não está classificada assim, ela fica atrás na fila | Foto: Renato Alves / Agência Brasília

Entre os casos, estão situações como febre, dores de ouvido, cabeça, dente, garganta e barriga, enjoo, vômitos e diarreias, palpitação, mal-estar, pequenos ferimentos, pressão alta, diabetes, pequenas queimaduras, mordedura ou arranhadura animal e picada de insetos.

Também integram os atendimentos casos como urticária, unha encravada, fraqueza, tremores, suspeita de dengue e inchaço. As UBSs ainda atuam em problemas com álcool ou outras drogas, na saúde da mulher (suspeita de gravidez, violência doméstica, complicações menstruais e amamentação) e na saúde mental (ansiedade e depressão).

Os hospitais fazem o atendimento às ocorrências de alta complexidade, como hemorragias, traumas fortes, partos normais ou cesáreas, cirurgias, transplantes, quedas de altura, perda de consciência

No Distrito Federal, a maioria das UBSs funciona de segunda a sexta-feira em horário comercial, das 7h às 19h. Algumas unidades podem ter horários diferentes e estendidos. O funcionamento pode ser consultado pelo portal Info Saúde.

Emergência, urgência e alta complexidade

Já as UPAs funcionam 24 horas e são o caminho para os casos de emergência e urgência. “Quando chega uma pessoa que não está classificada assim, ela fica atrás na fila. Se ela for a uma UBS, vai ser atendida mais rapidamente. Às vezes chegam pacientes que não são urgentes, e os encaminhamos para as UBSs, assim como acontece o contrário”, comenta a superintendente da Atenção Pré-Hospitalar do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), Nadja Regina Carvalho.



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FONTEAgência Brasília
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