UTI adulto do HRSM zera por dois meses consecutivos o número de pneumonia associada à ventilação mecânica

As PAVs são recorrentes em ambientes hospitalares e a densidade de incidência registrada no HRSM tem se mantido abaixo da média de todo o DF



Por Jurana Lopes
Nesta terça-feira (3), o Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (NUCIH) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) se reuniu com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) composta por representantes da unidade hospitalar incluindo as chefias e gerentes, para apresentar os dados das ações de controle de infecções relacionas à assistência à saúde (IRAS). O encontro ocorreu no auditório do HRSM.
Um dos maiores ganhos da instituição foi zerar, nos meses de junho e julho de 2024, o número de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV). Além disso, a média de infecção primária de corrente sanguínea associada a cateter venoso central (IPCSL-CVC) também apresenta queda.
“Atualmente, houve uma redução bem significativa da PAV e conseguimos zerar esses registros em junho e julho. Então, isso é um ganho bem importante para toda equipe, que conseguiu manter a densidade das IRAS com uma média abaixo do ano passado, inclusive, abaixo da média de todo o Distrito Federal em 2023”, explica o infectologista do HRSM, Daniel Pompetti.
Segundo o médico, os resultados são frutos de uma ação conjunta de várias equipes, não só a médica e a enfermagem, mas também, da fisioterapia, e odontologia.
“Quando a equipe de odontologia passou a fazer a rotina de higiene oral e acompanhar os rounds e avaliações diárias que fazemos, nós observamos o impacto de forma bem positiva nas UTIs, especificamente com relação às PAVs, que é a pneumonia associada à ventilação mecânica”, destaca.
Durante a apresentação, também foi frisada a importância dos profissionais adotarem medidas simples, mas que fazem a diferença no combate às IRAS, como a lavagem de mãos e a adesão à campanha adorno zero. Além da utilização de máscaras e equipamentos de proteção individual (EPI).
“É necessário lembrar da importância da higienização de mãos nos cinco momentos, antes do contato com o paciente, antes de realizar procedimentos assépticos, após o risco de fluidos corpóreos, após contato com o paciente, após tocar áreas próximas também do paciente”, explica a chefe do Núcleo de controle de Infecção Hospitalar (NUCIH) do HRSM, Aldyennes Carvalho.
Segundo ela, o pilar do controle de infecção é a higiene de mãos, pois previne todas as outras infecções, além da transmissão cruzada com outros pacientes. Pompetti reforça a importância. “Temos que voltar para o básico, o mais fácil, mais barato e o mais econômico, que é a higiene de mãos”.
Em breve será realizada a implantação do PGA no HRSM, que é o Programa de Gerenciamento de Antimicrobianos, que visa o uso mais consciente e racional de antimicrobianos, diminuindo também as IRAS e os efeitos adversos das medicações. Além disso, o NUCIH do HRSM esta realizando networking com o NUCIH do Hospital de Base do Distrito Federal para iniciar futuros projetos de pesquisas no Hospital Regional de Santa Maria.


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