Por Kleber Karpov
Com a comemoração do Dia Mundial de Combate à Poliomielite, em 24 de outubro, o Ministério da Saúde (MS), anunciou a mudança da administração de vacina das doses dadas em gotinhas, para a vacinação injetável. O MS se baseou em critérios epidemiológicos, evidências científicas e recomendações internacionais quando a melhor eficácia na imunização injetada.
De acordo com o MS, as duas doses em gotas da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb) passam a ser administrada, por injeção, da chamada de vacina inativada poliomielite (VIP). Com isso, a vacina injetável carrega um conjunto de vírus inativados, o que facilita a produção de anticorpos no organismo, apenas com partículas do vírus, sem que esse esteja vivo.
O novo esquema segue a seguinte ordem: crianças de 2 meses: 1ª dose; 4 meses: 2ª dose; 6 meses: 3ª dose; 15 meses – dose de reforço. A nova proposta sugere ainda, menos doses e é indicada também a crianças imunocomprometidas.
Zé Gotinha
Porém, conforme ressaltou a secretária de Estado de Saúde do DF (SES-DF), Lucilene Florêncio, a importância do personagem Zé Gotinha, criado em 1986 pelo artista plástico Darlan Rosa, deve permanecer um símbolo ativo no país.
“A gotinha teve um papel fundamental no controle da pólio. Sua suspensão, contudo, não significa a aposentadoria do Zé Gotinha, que continua como o principal símbolo da saúde no País”, disse a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
Segurança
Segundo a Pasta, a versão injetável da vacina confere cerca de 100% proteção, com altos títulos de anticorpos, após aplicação das três doses. Com relação as doses de reforço em crianças de 15 meses e menores de 5 anos os pais e responsáveis devem comparecer as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), a partir de 4 de novembro, para definir as datas de vacinação.