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23 dez 2024 00:44


Videolaparoscopia? Não tem esterilização. Então passa a ‘faca’. Médicos sofrem sem material

Por Elton Santos

A crise financeira é forte no âmbito da Secretaria de Saúde. Por falta de materiais para esterilização, os médicos do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) foram obrigados a realizar cirurgias à moda antiga. Segundo denúncia, as intervenções realizadas por vídeo foram feitas por meio tradicional, ou como dizem no meio, cirurgia aberta.

Aparentemente, para quem não conhece a área, não há nada demais. Mas um servidor – que prefere o anonimato – ouvido por Guardian DF, explica que o procedimento aberto causa desconforto na recuperação do paciente, além de ser mais demorada. E é usada mais quando realmente necessário ou para o que eles chamam de  laparotomia que é a cirurgia “de barriga aberta”.

“Na cirurgia tradicional se faz uma incisão grande para ter acesso ao órgão a ser operado. O corte é considerável”, explica. Quando a cirurgia é por vídeo, o médico faz 4 perfurações e o procedimento se faz através desses furos. “Sem comparação. É uma recuperação mais segura e eficiente ao paciente”, completa.

Vale ressaltar que o HRAN é uma espécie de hospital escola e recebe recursos para que isso não ocorra.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Saúde afirmou que alguns materiais estéreis e descartáveis estão, de fato, em falta na rede. Mas reduz a gravidade do problema. “Apenas neste mês duas cirurgias não foram realizadas no Hospital Regional da Asa Norte por videolaparoscopia devido à falta de material e pela recusa de pacientes em fazer a cirurgia convencional”, sustenta.

Ainda de acordo com a Pasta, o paciente pode optar pela cirurgia aberta, que é a convencional, quando não for possível a realização por videolaparoscopia.

Fonte: Guardian-DF

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