Recomendação é vedar portas, janelas e ralos para evitar a entrada do aracnídeo em casa
Por Luciene de Assis
De janeiro a 1º de julho deste ano, a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal já recebeu 824 solicitações de inspeção devido à presença de escorpiões em residências. Para evitar acidentes, a área técnica da Saúde recomenda colocar rodos duplos de borracha nas portas, telas nos ralos e janelas e controlar a presença de baratas, principal alimento deste animal.
De acordo com o biólogo da Vigilância Ambiental, Israel Martins Moreira, para impedir que o aracnídeo povoe o quintal e busque abrigo dentro de casa, é preciso retirar entulhos, restos de material de construção e montes de lixo, que formam o ambiente ideal para o bicho se esconder.
No DF, a maioria dos acidentes é causada pelo escorpião amarelo, espécie conhecida como Tityus serrulatus. É bom lembrar que o animal gosta de locais escuros e úmidos, como caixas de esgoto, de eletricidade e até de linha telefônica, entre outros espaços.
Israel Moreira alerta que é necessário manter as instalações elétricas e luminárias bem encaixadas “para não funcionarem como porta de entrada do escorpião em casa, pois eles podem se esconder em tubulações e frestas”. Segundo ele, já existe um inseticida capaz de controlar o animal, embora não haja comprovação de que o produto seja realmente eficaz e ainda faz com que as pessoas negligenciem os cuidados preventivos por acharem que resolveram o problema.
Cuidados
“É preciso, sempre, examinar sapatos, toalhas, roupas em geral e de cama, afastar camas e sofás das paredes, verificar móveis e compras em caixas fechadas, porque podem transportar um escorpião para dentro de casa”, insiste o biólogo. Por se tratar de um animal que se adapta facilmente, os acidentes podem ocorrer ao longo de todo o ano.
A Vigilância Ambiental é responsável por promover ações de controle e prevenção no Distrito Federal. Caso seja constatada a presença de escorpião dentro da residência, o serviço pode ser acionado por meio do número (61) 2017-1344 ou pelo Disque-Saúde 160.
Em caso de picada, o Centro de Informações Toxicológicas (CIT) está disponível nas 24 horas do dia para dar as primeiras orientações, por meio do telefone 0800 644-6774. Mesmo que a maioria dos acidentes com o animal peçonhento seja leve, a Secretaria de Saúde recomenda que a vítima procure a emergência dos hospitais ou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Locais do DF com soro antiescorpiônico, lembrando que, nem sempre, ele é necessário:
Hospital Regional de Ceilândia;
Hospital Regional de Brazlândia;
Hospital Regional de Sobradinho;
Hospital Regional da Asa Norte;
Hospital Regional de Taguatinga;
Hospital Regional de Santa Maria;
Hospital Regional do Paranoá;
Hospital Regional de Samambaia;
Hospital Regional do Guará;
Hospital Regional de Planaltina;
Hospital Regional do Gama;
Hospital Materno Infantil de Brasília.
Fonte: Agência Saúde DF