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22 nov 2024 05:03


Vigilante… Perdeu o bonde da fila que não pegou

Deputado tenta usar vice-governador eleito como bola da vez para conseguir uma administração?

Ver um parlamentar petista, por mais honesto que o seja, subir em uma tribuna em qualquer casa do Legislativo do país para questionar a conduta de um político é trágico, para não dizer cômico. Isso se torna quase uma utopia após os vários episódios que envolvem nomes de peso de quadros petistas no Distrito Federal, mas principalmente, no governo federal. Mensalão, Operação Lava a Jato (Petrolão), Correios, Furnas e até do triplex de Lula, são alguns dos vários exemplos, vários ainda em investigações por instâncias policiais ou jurídicas do país.
Na tarde de ontem (9) o deputado distrital, Chico Vigilante (PT), opositor declarado ao governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB), subiu a tribuna para anunciar que Renato Santana (PSD) fora acionado pela Justiça por improbidade administrativa.
Com discurso eloquente Vigilante acusou e servidor público que reside há mais de 20 anos na região administrativa de Ceilândia, que como era de se esperar, pode ter se tornado mais uma vítima dos dossiês eleitorais. Isso porque coincidência ou não, a denúncia de uma suposta irregularidade cometida em 2007 ‘apareceu’ na ocasião em que Santana foi anunciado à vice de Rollemberg.
Durante o discurso Vigilante esbraveou: “Brasília tem uma sina desastrada, porque nem sequer tomou posse e já está enquadrado como réu no processo movido pelo Ministério Público.”, colocação que vinda do deputado chama a atenção.
Isso porque ao referenciar a sina desastrada do DF, Vigilante ou quis relembrar o bom nome de Agnelo Queiroz, governador, Petista que ao assumir o GDF, tinha o nome envolvido em vários escândalos.
Mas prefiro acreditar que Distrital cometeu teceu um comentário muito infeliz. Afinal não dá se para esquecer Agnelo foi investigado por participar ‘supostamente’ de escândalos ligados ao programa Segundo Tempo do Ministério dos Esportes; operação Shaolin; ANVISA; invasão de áreas públicas; e até com Carlinhos Cachoeira. Embora as investigações o tenham inocentado em alguns casos e resultado em arquivamento de processos em outros.
Em se tratando de Agnelo, não há como não mencionar os escândalos após ter assumido o mandato, é o caso do superfaturamento de R$ 450 milhões nas obras do Estádio Nacional Mané Garrincha de acordo com relatório do Tribunal de Contas do DF, amplamente divulgado pela imprensa em março desse ano.
Outra incógnita em torno do Governador e que deve ser esclarecido à população do DF, é como um gestor de uma cidade com tantos recursos a exemplo do GDF, que somente do Fundo Constitucional do DF recebeu esse ano R$ 11 bilhões, além de várias outras fontes de receitas a exemplo do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), do Fundo de Participação de Municípios (FPM) e de várias outras fontes de arrecadações, deixou a capital do país, chegar a esse estado caótico, com déficit que pode superar os R$ 3 bilhões.
Paradoxos não vigilantes
Nesses contextos, parece um contrassenso Vigilante subir a tribuna com tanta sede, para criminalizar Renato antes que haja julgamento da ação na Justiça. Isso porque há menos de quinze dias vigilante votou favorável aos Projetos de Resolução (PRs) 81 e 82/2014 por imposição da população do Distrito Federal. Os PRs blindariam os distritais em representações por falta de decorro parlamentar. O primeiro impedindo que colegas pudessem cassar os colegas sem que antes, o processo fosse transitado e julgado na justiça comum. E o segundo impedindo que o cidadão pudesse entrar com representação contra os parlamentares.  Sob essa premissa, que tanto defendeu, o Distrital deveria aguardar o julgamento até para depois fazer algumas afirmativas.
Nos bastidores o trem está passando
Rollemberg está na reta final das escolhas dos nomes da composição da equipe de governo. Secretários e administradores começam a ser anunciado a partir da próxima semana. Nesse cenário, há pessoas e diversos distritais na luta para conseguir um lugar ao sol, ou melhor, assento ao lado do novo governador. Para alguns o segredo é paparicar aqui, articular ali, fazer um afago acolá. Para outros o jeito é sacar o microfone e disparar pérolas aos surdos.

 

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