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22 nov 2024 00:26


Wellington Luiz é entrevistado pelo SindMédico TV

Presidente da CPI da Saúde falou sobre as investigações e o DF

O Programa SindMédico TV, exibido ao vivo, pelo Sindicato dos Médicos do DF (SindMédico-DF), no dia 20 de setembro, entrevistou o Deputado Distrital que também é Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, Wellington Luiz (PMDB). O Presidente do SindMédico-DF, Dr. Gutemberg Fialho, conduziu a entrevista.

Wellington Luiz garantiu que a CPI não vai acabar em “pizza” e fatos ocorridos na Câmara Legislativa do DF (CLDF), como afastamentos provisórios de outros parlamentares da comissão e a saída da mesa diretora, não afetaram as investigações ou a composição da CPI.

“Nós temos uma obrigação com a sociedade, com os servidores da saúde que têm participado efetivamente desse processo. Nós temos obrigação com os sindicatos dos médicos e auxiliares da saúde [SindMédico e Sindate] e nós não podemos fracassar”, destacou.

Questionado sobre o foco da CPI da Saúde, Wellington disse que a corrupção supera outros problemas como, por exemplo, a má gestão.

“A questão da corrupção acaba sendo o grande problema. Então, é onde a gente tem direcionado. Agora, as vertentes de corrupção são várias, porque todo dia aparece uma denúncia nova!”, destacou.

Fialho lembrou que o SidMédico realiza reuniões, das quais o parlamentar é convidado, onde são apresentados diversas denúncias ocorridas nas unidades de saúde do DF. Wellington Luiz diz que o sindicato é competente para difundir os problemas do setor. “Muitas delas [denúncias] fazem parte de um relatório que foi entregue ao Ministério Público de Contas […] Então, o trabalho que o SindMédico tem feito com relação a essas informações tem sido extremamente importante para nosso trabalho.” Além disso, disse que muitos Policiais Civis também colaboram com as investigações da CPI.

Questionado se a imprensa atrapalha ou colabora com a comissão, Wellington diz que não usa a “CPI como palanque político”, prefere descrição para não atrapalhar os trabalhos da comissão, mas garante que as investigações continuam, independente do espaço que a mídia dá. “Desde que eu assumi a CPI eu nunca fui favorável a holofotes, porque eu acho que o trabalho da CPI tem que trazer resultado e não holofotes.”

Wellington classifica a situação da saúde como “dramática”, mas garante que com os resultados, ao final das investigações, vão trazer mudanças.

“O que a saúde vive hoje, a população e os servidores da saúde passam hoje, ninguém suporta mais. Então, pode ter certeza absoluta que quando os resultados forem apresentados […] nenhum governo vai ter coragem de ficar omisso. Não por vontade, mas porque vai ser pressionado para que seja feita alguma coisa e vai ser atropelado, caso não queira fazer.”

O parlamentar também fez um alerta aos servidores públicos. “As categorias precisam se organizar e muito para ter os seus representantes. Da mesma forma que o setor privado tem os seus. É bom que os servidores públicos se atentem para isso, porque nós estamos encolhendo cada vez mais.”.

Dr. Gutemberg, acrescentou que as políticas públicas que estão sendo desenvolvidas é para, cada vez mais, “precarizar o servidor público”, como já ouviu dizer sobre o fim do regime estatutário e, consequentemente, a estabilidade para os servidores.

Wellington criticou o governo de Rollemberg, ao citar os gastos nas obras do Autódromo, uma obra que poderia “esperar” para ser realizada.

“É importante que o Estado entenda que é importante investir e não gastar, como o atual governo tenta incutir na sociedade, eles tentam apontar através da mídia que não pode contratar. Não pode, tem que se contratar! Tem que se investir nos efetivos de saúde, segurança, educação que são os pilares da sociedade.”

O Parlamentar também diz que o atual cenário político do DF é “um dos piores da História” ao atribuir a falta de governança e compromisso que o GDF não tem honrado com os servidores.

Veja aqui a entrevista completa. Acompanhe o programa SindMédico TV, exibido semanalmente, toda terça-feira, às 20h, pela página do SindMédico-DF no Facebook.

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